domingo, 28 de julho de 2013

Antistenes E Diógenes, Os Cínicos (século IV A.C)

Antistenes foi o fundador da "escola cínica", que ficava em um ginásio chamado Cinosarges, nos arredores de Atenas. Cinosarges é uma palavra derivada do termo grego Kynikós (Kýon, kynos = cão), que quer dizer: semelhante a cachorro...
Em grego, ser chamado de cínico equivalia a ser chamado de cachorro. Atualmente, a palavra tem uma conotação diferente. Os atenienses, costumavam chamar os discípulos de Antistenes de cínicos. Antistenes foi o fundador da "escola cínica", que ficava em um ginásio chamado Cinosarges, nos arredores de Atenas. Cinosarges é uma palavra derivada do termo grego Kynikós (Kýon, kynos = cão), que quer dizer: semelhante a cachorro. Antistenes se opunha radicalmente aos valores culturais vigentes. Era discípulo de Sócrates(470-399 a.C.) e pregava a superioridade da virtude e a inutilidade das coisas materiais. Segundo ele, a felicidade não tem nada a ver a riqueza. Ela está relacionada à pureza da alma e à liberdade de não se sujeitar à tirania dos desejos. Seus ensinamentos condenavam a distinção baseada na classe social, sexo e nascimento. Um dos mais destacados alunos da escola fundada por Antistenes foi Diógenes (413-323 a.C), que o ajudou a consagrar seus ensinamentos e por isso ficou conhecido como o cínico. Na opinião geral dos atenienses todos eles eram presunçosos e hipócritas.
Conta-se que Alexandre da Macedônia, o grande imperador da antiguidade, ao encontrar Diógenes lhe teria perguntado o que mais desejava. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre, fazia-lhe sombra. Diógenes, então olhando para o sol afirmou: "Não me tires o que não me podes dar!".Levando ao extremo esta atitude de desprezo pelas convenções sociais, Diógenes, tinha como casa um barril e vestia-se de trapos. Costumava andar pela cidade com um lamparina acesa, mesmo de dia, afirmando a quem o interrogava que procurava"um verdadeiro homem". Aquele que vivia de acordo com a natureza.
Quando perguntavam à Diógenes o que tinha feito para que o chamassem de cão, ele respondia:
"Costumo fazer festa para quem me dá alguma coisa, rosnar para quem me rejeita, e cravar os dentes nos crápulas."
Algumas outras frases de efeito são atribuidas a ele:
"As paixões têm causas e não princípios".
"Os corvos devoram os mortos e os bajuladores aos vivos".
"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro".
"A gratidão é a memória do coração."

Conta-se que:
Estava Diógenes jantando seu costumeiro prato de lentilhas, quando Arístipos se aproximou. Arístipos, de Cirene, era também filósofo, adepto do prazer como único bem absoluto na vida. Para poder levar uma vida confortável, vivia sempre bajulando o Rei.
Disse, então, Arístipos a Diógenes:
—Se aprendesses a bajular o Rei, não precisarias reduzir tua alimentação a um prato de lentilhas.
Por sua vez, Diógenes retrucou:
— E tu, se tivesses aprendido a te satisfazeres sempre com um prato de lentilhas, não precisarias passar tua vida bajulando o Rei.
 

Teoria Ética e Fundamental dos CínicosO objetivo da vida do sábio é viver de acordo com a natureza. Afastando-se de tudo aquilo que provoca ilusões e sofrimentos: convenções sociais, preconceitos, usos e costumes sociais, etc. Cada um deve viver de forma simples e despojada.

Ir.'. Rony Motta
ARLS Renascença Santista   339
Santos - SP

 

"OS TEMPLÁRIOS"...




Atualmente há diversos aspectos que abordam os Templários, a internet está repleta de informações, totalmente divergentes e fantasiosas, o que nos leva a crer que muitos dos artigos não têm embasamento científico, porém, existem alguns historiadores e arqueólogos que dedicam sua pesquisa exclusivamente para comprovar certas teorias, pois o verdadeiro segredo dos Templários ainda é um dos maiores mistérios da humanidade.
A História dos Templários começa em Jerusalém, capital declarada do atual estado de Israel, localizada entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto. É uma das cidades mais antigas do mundo e palco das mais controvertidas brigas étnicas já ocorridas na história, uma vez que é cidade santa para os Judeus, Mulçumanos e Cristãos.
Em Jerusalém que foi construído o Templo do Rei Salomão, o templo de Herodes, o Santo Sepulcro, a Cúpula das Rochas, a mesquita de Al-Aqsa e onde se localiza o Rio Jordão, monumentos intimamente ligados aos Templários, seja na finalidade prática, motivação ou mesmo como tesouro herdado dessa fascinante organização.
A ORIGEM
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de  Salomão foi efetivamente fundada no dia de Natal de 1.119 D.C.
Mas o que motivou seu surgimento?
Pois bem, para compreendermos os Templários, é fundamental analisar os fatos anteriores ao ano de 1.119.
Os árabes invadiram a Palestina em 636 D.C. e seus exércitos estavam acampados ao redor das muralhas de Jerusalém. Em fevereiro de 638, após um cerco de sete meses, os cristãos tiveram que se render ao comandante muçulmano chamado Omar. Os mulçumanos estavam à procura de relíquias profetizadas por Maomé, e tinha como objetivo a construção da mesquita de Al-Aqsa, que foi erguida ao sul do Monte do Templo, e lá permanece até hoje.
Inicialmente, a relação entre cristãos e mulçumanos mantinha certo pacifismo, os cristãos peregrinavam para a Terra Santa, para serem batizados nas águas do Rio Jordão, muitos aflitos buscavam a cura física e também se dirigiam rumo a igreja do Santo Sepulcro, construída nos locais de crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus, ou seja, aquela terra era para os Cristãos o único lugar que efetivamente se relacionava com Jesus Cristo.
Mas no século X os mulçumanos se tornaram agressivos e durante uma procissão de Domingo de Ramos, os mulçumanos incendiaram diversas igrejas, confiscaram parte do Santo Sepulcro e iniciou-se uma campanha de fanatismo anticristão. As igrejas destruídas davam origem a mesquitas construídas sobre seus escombros, muitos cristãos foram obrigados a se converter para ao islamismo para salvar a própria vida.
Mesmo com esses acontecimentos, ainda permaneceu vivo o sentimento cristão, e inúmeros peregrinos se arriscavam em direção a Terra Santa, mas após diversos assassinatos de peregrinos, e insistentes solicitações dos cristãos o Papa Urbano organizou uma peregrinação de cavaleiros armados, que desencadeou o movimento das Cruzadas. Havia mais de 40 mil cruzados, dos quais 4.500 nobres e cavaleiros e o restante composto por artesãos, camponeses e outras pessoas da massa. Por fim, liderados por Godofredo, ganharam novamente Jerusalém.
A maioria dos integrantes daquela Cruzada voltaram para suas casas, mas outros se instalaram na Terra Santa. Contudo, as atrocidades ao redor de Jerusalém permaneciam vivas, pois havia diversos bandos beduínos nômades, verdadeiros bandidos que se aproveitavam da oportunidade para estuprar as mulheres, roubar os peregrinos, assassina-los dentre outras crueldades praticadas na região da Palestina.
FORMAÇÃO DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Daí o surgimento dos Cavaleiros Templários, diante dessa situação de insegurança nove cavaleiros franceses liderados por Hugo de Payns – que também lutou na primeira cruzada –, foram convencidos pelo Rei de Jerusalém Balduíno II que para terem suas almas salvas deveriam proteger os Peregrinos que rumavam em direção à Terra Santa. E assim foi feito, no Natal de 1.119 diante do patriarca da Igreja do Santo Sepulcro nasceu os Cavaleiros Templários, que se autodenominaram Pauperes commilitones Chisti – Pobres soldados de Cristo.
AS CARACTERÍSTICAS
A nova ordem era composta por soldados pobres, só usavam roupas doadas e dependiam do sustento da Igreja, participavam de serviços religiosos, refeições comunitárias, aparência simples, deviam obediência pessoal ao grão-mestre e nenhum contato com mulheres. Com sua missão valorosa não demorou a receberem doações de condes e nobres genuinamente ricos que passaram a garantir-lhes uma renda mensal adicional.
O Rei de Jerusalém doou aos Templários a mesquita de Al-Aqsa, que fizeram dela seu quartel general. Lá eles residiam, armazenavam armas, roupas, alimentos e abrigavam seus cavalos. A mesquita possuía uma passagem secreta para o Monte do Templo, e nessa passagem ficavam as relíquias do Templo de Salomão, daí a origem da outra denominação dos templários – Soldados de Cristo e do Templo de Salomão.
Sua estrutura era assim definida:
  • Grão-mestre: Chefe da ordem, eleito pelos doze membros mais velhos ;
  • Grão-capítulo: formado pelos anciãos, todos os grandes atos do grão-mestre eram aprovados pelo capítulo;
  • Senescal: conselheiro do Grão-mestre;
  • Roupeiro: responsável pelas túnicas e lençóis;
  • Comandantes regionais: tinham poderes de Grão-mestre em seus reinos;
  • Mestres Provinciais: França, Inglaterra, Aragão, Poitou, Portugal, Apulia e Hungria, respondiam ao grão-mestre.
  • Cavaleiros Sangrentos: os soldados de forma geral.
A EXPANSÃO
Hugo de Payns, o grão-mestre dos templários marchou rumo à Europa para recrutar novos soldados e recolher mais doações e tão logo desembarcou na França, foi presenteado com cavalos, armaduras, pratas e terras. No ano seguinte a Inglaterra doou à ordem grade quantidade de ouro e mais terras, onde foi construído o primeiro palácio templário fora de Jerusalém. Não demorou muito para os templários se tornarem absolutamente ricos e poderosos.
O Segundo Grão-mestre Robert de Craon, consolidou as vantagens dos templários quando passaram a ser subordinados ao Papa, não tinham a obrigação de pagar o dízimo mas podiam cobra-lo em suas terras. Foi na mesma época por volta de 1.145, que tiveram o direito de usar uma cruz vermelha sobre suas túnicas brancas.
Tornaram-se a organização mais rica e poderosa do mundo medieval, recolhiam impostos, organizavam feiras e mercados, administravam propriedades, comercializavam lã, madeira, azeite, escravos e consequentemente foram os primeiros banqueiros da Europa, por mais que seus objetivos estavam na Terra Santa.
A QUEDA
Motivado por enorme ganância, o Rei da França Felipe IV, famoso por suas maldades e atrocidades, tinha o eterno desejo de por as mãos nas riquezas dos templários e lançou contra eles acusações de heresias, crime absolutamente grave imputados aos “soldados de cristo”. Acusaram de realizações de cerimônias de iniciação onde os iniciados eram obrigados a negar cristo e a cuspir, urinar e pisar na cruz, beijar o oficial da recepção na boca, no umbigo, na base da espinha e nas nádegas.
Portanto, o Rei Felipe IV convenceu o Papa Clemente V das heresias cometidas pelos Templários e conjuntamente organizaram uma manobra para capturarem todos, inclusive o grão-mestre Jacques de Molay.
Foi então que ordens secretas enviadas para toda Europa foram abertas na manhã da sexta-feira 13 de outubro de 1.307. Naquele dia inúmeros templários forma presos, torturados e impiedosamente queimados. Tal data é atualmente cultuada como sexta-feira 13, o dia do azar.
MITOS OU VERDADES – FATOS CONTROVERTIDOS SOBRE OS TEMPLÁRIOS
Existe outro grupo de Historiadores que defendem que os Templários não surgiram coma finalidade de proteger os peregrinos que rumavam a Jerusalém, mas sim que estavam à procura de um tesouro, compreendido de documentos e objetos escondido nas ruínas do Templo de Herodes, que por sua vez havia sido construído sobre as ruínas do templo de Salomão. Tais documentos e objetos causariam um abalo tão grande que a Igreja faria tudo para por as mãos nele. Dessa forma, este era o grande segredo de Godofredo  – já citado no início deste trabalho e o individuo que liderou as cruzadas para reaver Jerusalém dos Mulçumanos.
Em outras palavras, os cavaleiros se estabeleceram na mesquita de Al-Aqsa, que possuía diversos túneis e passagens secretas para as ruínas do templo de Herodes fato então incontroverso para ambas as correntes, mas lá estavam exclusivamente a procura de tais documentos e objetos. Dentre eles, a coroa de espinhos colocadas na cabeça de Jesus e o Santo Graal, que não se tratava apenas do cálice que Jesus bebeu o vinho na ultima ceia mas sim de um segredo que se desvendado cairia por terra todos os ensinamentos que os cristão apreenderam sobre Jesus Cristo.
Outro motivo da expansão dos templários, foi a descoberta desses tesouros, que fez com que se tornassem absolutamente ricos e poderosos, pois não conseguiriam alcançar tamanho poderio com recursos provenientes apenas de doações de nobres.
Ninguém sabe ao certo o que os Cavaleiros Templários encontraram, mas todos acadêmicos concordam que os cavaleiros realmente descobriram alguma coisa naquelas ruínas...uma coisa que os fez ricos e poderosos além do que se podia imaginar.
Os cavaleiros demoraram nove anos para encontrar o que procuravam. Tiraram o tesouro do templo e o levaram para a Europa onde sua influencia se solidificou do dia para o a noite. Ninguém comprova se os Templários de certa forma chantagearam a igreja com tal descoberta, mas o Papa Clemente V decidiu acabar com essa hegemonia e esmagar os templários juntamente com a ajuda do Rei da França.
O PERGAMINHO DE CHINON.

Chinon era a cidade francesa que ocorreu um dos episódios mais importantes envolvendo o julgamento dos templários, foi o local que o Rei Felipe aprisionou os lideres templários incluindo o grão-mestre Jacques de Molay. Lá foram torturados até supostamente confessarem as acusações de heresia e blasfêmia. Foi então que o Rei Felipe divulgou à toda Europa a confissão do grão-mestre e do restante dos membros da ordem o que rapidamente causou um espanto em todos que recebiam a informação, pois até então os templários tinham uma reputação ilibada. Por conseqüência, ocorreu um verdadeiro caos social e começaram a surgir movimentos contrários as templários.
Estranhando a confissão, o papa Clemente organizou um comissão que investigasse as informações prestadas pelo rei da França o que resultou num verdadeiro beco sem saída para o Papa. Em resumo dos acontecimentos, Jaques de Molay e os outros lideres, declararam que não suportaram as acusações e foram obrigados a confessar. Foi então que o Papa absolveu os Templários.
A absolvição resultou num documento redigido pelo Próprio Papa conhecido como “O PERGAMINHO DE CHINON”.
Estranhamente esse documento se perdeu, a sua existência não passavam de suposições mas foi encontrado em 2004 pela pela pesquisadora italiana Bárbara Frale, residente da Escola de Paleontologia do Vaticano. Mais estranho ainda, foi a declaração que esse documento foi descoberto nos arquivos secretos do Vaticano, pois não estava devidamente catalogado.
A tradução literal do pergaminho foi publicada pelo vaticano apenas em 2007 e parte daquele documento assim mencionava:
“Castelo de Chion em 20 de agosto de 1.308, na nossa presença e algumas testemunhas, o irmão-cavaleiro Jacques de Molay, grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, compareceu pessoalmente e jurou da forma e da maneira indicada, tendo sido diligentemente questionado, disse que a 42 anos fora recebido como irmão da ordem supra(...)
Quanto à sua iniciação na Ordem, ele disse que, ao receber o manto, o receptor mostrou-lhe a cruz e disse que deveria renunciar ao Deus que cuja imagem estava representada naquela cruz, e cuspir na cruz. Foi o que ele fez, embora não tenha cuspido na cruz, mas perto dela, segundo suas palavras. Disse também que a renuncia foi feita em palavras mas não em espirito. Quanto ao mistério de sodomia, a adoração da cabeça e a pratica de beijos ilícitos, ele, ao ser questionado diligentemente, disse que nada sabia sobre isso.
Depois disso, decidimos estender a misericordia da absolvição por esses atos ao irmão Jacques de Molay, grão-mestre da dita Ordem(...)”
Tal documento foi a prova apresentada pelo Vaticano de que a igreja não foi favorável a erradicação dos Cavaleiros Templários.
EXTERMÍNIO
Voltando na época de 1.310, mesmo com a comprovação da igreja da inocência dos templários, seria impossível restabelecer a credibilidade dos cavaleiros, e não faltou insistência do Rei da França em prosseguir com o extermínio da Ordem. Após diversas manobras do rei francês, o papa tornou pública a decisão no dia 22 de março de 1.312, que os Templários, embora não condenados, estavam extintos sob o argumento que a Ordem fora difamada demais para continuar.
A igreja com essa atitude lavava as mãos. De acordo com a prática, uma vez definido o destino de um réu, a Igreja o entregava às autoridades para que a pena fosse executada. Nesse caso, os Templários da França, já estavam nas mãos do rei a muito tempo que passou apenas a cumprir seu desejo.
Os que confessarão novamente as acusações foram submetidos a prisão perpétua, outros menos importantes ou que nada tinham a confessar foram mandados para mosteiros e lá ficaram pelo resto da vida.
Os líderes, incluindo o grão-mestre, tiveram que esperar até o dia 18 de março de 1.314. Naquele dia a sentença foi dada, com base nas confissões anteriores, distorcidas pela coroa francesa, quatro lideres foram condenados a punições cruéis e perpétuas – apodrecer na prisão sem alimentos até que a morte lenta os libertassem.
O Grão-mestre Jacques de Molay e o Mestre da Normandia Godofredo de Charney, ficaram presos nas masmorras reais durante 7 anos e se recusaram ao encarceramento perpétuo e gritavam com todas as suas forças a inocência dos templários e sua pura e sagrada devoção a deus. Foram levados para ilha de Javiaux, pequena ilha no Sena a leste de Notre Dame, amarrados em estacas, prestes a serem incendiados vivos.
A VINGANÇA DO GRÃO-MESTRE

O único relato ocular registrado, foi de um monge anônimo, que nos diz que ele caminhou para a morte com tranquilidade e dedicação e ao ser envolvido pelas chamas ele jurou vingança e desafiou o Rei e o Papa a enfrentá-lo no tribunal de Deus no prazo de um ano e um dia.
Curiosamente, em menos de 5 semanas, em 20 de abril, o Papa  Clemente V morreu e naquele mesmo ano no dia 29 de novembro, decorrente de uma queda de cavalo, o Rei Felipe IV também morreu. Jacques de Molay estava vingado!

OS TEMPLÁRIOS SOBREVIVENTES E A MAÇONARIA
Fato que diversos países não concordaram com a atitude do Rei da França e não lançaram campanha para perseguição dos templários. Que se absteve ou prestaram refúgio para os cavaleiros foram Portugal e Escócia.
O Rei de Portugal – Dinis – restituiu a Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo, que em sua essência eram os templários com outro nome e com outros interesses, em específico, passaram a servir os interesses da coroa Portuguesa. Em 1.418 foi nomeado grão-mestre da ordem o príncipe Henrique, que fundou a escola de navegação de Sagres, quando se deu início as viagens exploratórias.
A parte interessante nessa história é as embarcações portuguesas que levavam em suas velas o símbolo dos templários, a cruz vermelha, sendo, portanto, inegável relação entre a nova ordem e os cavaleiros da idade média.
A rumores que a Escócia recebeu a ajuda dos cavaleiros templários na batalha de Bannockburn, que lutava pela independência escocesa. Uma tropa de templários invadiu a Inglaterra em momento decisivo e garantiu a vitória aos escoceses. Em gratidão, foram protegidos pela Escócia e foram assimilados a uma nova ordem, a dos maçons.
Fato absolutamente controvertido entre os estudiosos é a da Capela de Rosslyn, que associa a escócia aos templários e aos maçons. A construção da Capela se deu em 1.456, num lugar de um antigo templo que dizem se tratar de uma cópia arquitetônica perfeita do Templo de Salomão. O simbolismo e esculturas da capela são surpreendentes, como pilares retratando a cópia exata da coluna de Boaz, figuras representando o sementes de milho, e em síntese, um lugar que serviu de esconderijo para abrigar os segredos da ordem.
CONCLUSÃO
Sem dúvida foi uma ordem extraordinária, começaram pobres, lutando por um causa nobre, numa terra santa, no momento que as três maiores religiões do mundo se voltaram para um único lugar, o monte do templo. De maneira muito rápida, se tornaram ricos e com forte poderio militar. Não se sabe exatamente o porque dessa expansão, mas lá, nas ruínas do templo encontraram algo e concluímos que: em razão das especulações de estudiosos e arqueólogos, forçamos o Vaticano a se manifestar.
O Código Da Vince de Dan Brawn (2003), não foi o primeiro romance a levantar teorias contrárias ao vaticano, ele apenas sucedeu dezenas de outros autores. Contudo, após o estouro do best seller em 2003/2004 forçamos a Igreja a se defender. Com a pueril alegação de não ter catalogado seus documentos históricos, do dia para noite encontram o pergaminho de Chinon (2004) – que relata que o Papa Clemente absolveu os templários –, ora é fato que existe muito mistério por traz dos templários, mas também há outros mistérios sob guarda do Vaticano, só basta lutarmos para livre investigação da verdade que ela se manifestará.
Or.'. de São Paulo, 08 de outubro de 2009, E.'.V.'. 
Ir. Carlos Eduardo de Oliveira Rocha - A.'.M.'.
ARLS Colunas da Real Fraternidade nº 682
GLESP - Or.'. de São Paulo - SP.

BIBLIOGRAFIA
HAANG, Michael. Os Templários História e Mito. São Paulo: Pumo 2009
BRAWN, Dan. Código da Vince. São Paulo: 
INTERNET

sábado, 27 de julho de 2013

PLATÃO...

Platão nasceu em Atenas, no ano de 427 a.C. e morreu em sua cidade natal no ano de 347 a.C.. Pertencente a uma família nobre de sua cidade, conheceu aos vinte anos  seu mestre Sócrates, com quem conviveu até os seus vinte e nove anos, quando Sócrates foi condenado à morte por envenenamento. Durante sua vida, Platão viajou por muitas civilizações do mediterrâneo, passando pela Grécia, Egito, Cirene, sul da Itália e Siracusa.
Platão era discípulo de Sócrates que cultivava reservas profundas em relação à escrita porque, segundo ele, a escrita não seria um meio de adquirir conhecimento. Talvez por isso, Platão quando começou a escrever, preferiu escrever em diálogo, por entender que essa seria uma metodologia de investigação, de tal maneira que tudo possa ser transportado ao papel como  acontece na realidade, para que a linguagem escrita mantenha a vivacidade e as marcas da oralidade, como uma imagem perfeita.
O primeiro trabalho filosófico escrito por Platão foi um discurso em defesa de seu mestre contando tudo o que Sócrates falou ao júri que o condenou e,  a partir daí, não deixou mais de escrever. Sempre se utilizando de diálogos escritos envolvendo Sócrates e outras pessoas do seu cotidiano intelectual. 
Consideram-se autênticos 28 diálogos, do total de 35, atribuídos a Platão. Em alguns percebe-se a preocupação dele em definir idéias como a mentira, a coragem, o dever, a natureza humana, a amizade, a sabedoria, a piedade, a virtude, a justiça, a ciência e a retórica.
Platão fundou, por volta de 387 a.C., sua própria escola. Localizada próxima a Atenas, em um bosque que tinha o nome do herói grego Academus e, devido a esse nome, sua escola ficou conhecida por Academia de Platão. Nela ensinava-se filosofia, matemática e ginástica utilizando-se, sempre que possível, de diálogos e discussões. Dizem, que na fachada da escola de Platão estava escrito: "Que aqui não entre quem não for geômetra." Por objetivo, Platão queria encontrar uma realidade que fosse eterna e imutável.
Platão, assim como Heráclito considerava que o mundo material ou físico é o que está sujeito a mudanças contínuas e a oposições internas, seria o mundo em que vivemos, formado de coisas imperfeitas, mal definidas, como sombras de uma realidade verdadeira. Um mundo onde as coisas fluem e não são eternas e imutáveis porque são corpos físicos que se desgastam e morrem um dia, cópias infiéis de suas idéias perfeitas, eternas e imutáveis que existiriam no "Mundo das Idéias".
Mundo inteligível, ou "Mundo das Idéias", segundo Platão, seria o mundo verdadeiro ou das essências imutáveis, sem contradições nem oposições, sem transformações. Coerente com suas teorias, Platão confiava apenas na razão e nunca nos sentidos, porque o conhecimento e as informações que chegam através dos sentidos são imprecisos diferentemente dos conhecimentos que tomamos com base na razão que não varia de pessoa para pessoa, por ser ela eterna e universal. Partindo daí, podemos compreender muito bem porque Platão gostava tanto da matemática, na qual, sempre se utiliza a razão para resolvê-la e as respostas são sempre precisas e comuns para todas as pessoas e eternamente as mesmas.
No pensamento de Platão o homem é um ser dual, ou seja, formado por duas partes diferentes: o corpo físico - impreciso e dotado de sentidos, pertencente ao "Mundo Material" ou "Mundo dos Sentidos", e a alma, que é imortal, vinda do "Mundo das Idéias", que é a morada da razão. E, por não ser material, a alma consegue se comunicar com o "Mundo das Idéias". Vinda do "Mundo das Idéias", a alma traria com ela as idéias perfeitas desse mundo que em contato com o "Mundo dos sentidos" seriam esquecidas. Segundo Platão, para a alma resgatar estas lembranças seria preciso que as pessoas, cada vez mais, entrassem em contato com as coisas da natureza. 
Com relação as mulheres, Platão achava que: se elas recebessem a mesma formação que os homens e fossem liberadas dos trabalhos domésticos desenvolveriam igualmente suas capacidades mentais e conseqüentemente poderiam governar um Estado da mesma forma que eles.
Platão também se interessava por política e, segundo ele,  o ideal seria a criação de um Estado baseado na estrutura de um corpo atuando sobre ele a alma e a virtude e uma República estruturada como o corpo humano. Neste tipo de organização: a cabeça seriam os governantes, que deveriam ser filósofos; o peito seriam os sentinelas, os guardas, o exército; o baixo ventre, os trabalhadores. Da seguinte forma:
Corpo - Alma, Virtude, Estado;
Cabeça - Razão, Sabedoria, Governantes;
Peito - Vontade, Coragem, Sentinelas;
Baixo-ventre - Desejo, Temperança, Trabalhadores.

A primeira parte da filosofia de Platão é conhecida por *Dialética que busca através dos diálogos a procura incessante com vistas a descobrir conceitos gerais, universais e reais, arquétipos eternos. Um diálogo, em que se confrontam opiniões diferentes sobre um mesmo assunto para que, através dos argumentos apresentados, possa-se chegar a um pensamento comum, passando-se das imagens contraditórias a conceitos idênticos.
A Dialética Platônica é um procedimento intelectual e lingüístico em que: se partindo de alguma coisa sobre a qual dividimos duas partes contrárias ou opostas e que através dos conhecimentos de sua contradição se possa determinar qual dos contrários é verdadeiro. E assim sucessivamente vai se dividindo cada par de contrários que devem ser novamente divididos até que se chegue a um termo indivisível que seria, finalmente, a essência da coisa investigada  e sobre a qual não há nenhuma contradição.
A Filosofia de Platão é baseada na ética, dialética, metafísica, teologia, antropologia, estética, cosmologia e pedagogia. É sobretudo uma crítica social. Foi traduzido para o cristianismo por Santo Agostinho e alguns o consideravam quase um deus como Plotino e a escola neoplatônica.


*Dialética - Originalmente, o termo (que tem origem grega) significava discorrer com, isto é, trocar impressões, conversar, debater... dialogar. Evolui, entretanto, para um sentido mais preciso, designando "uma discussão de algum modo institucionalizada, organizando-se -- habitualmente em presença de um público que acompanha o debate -- como uma espécie de concurso entre dois interlocutores que defendem duas teses contraditórias. A dialética eleva-se, então, ao nível de uma arte, a arte de triunfar sobre o adversário, de refutar as suas afirmações ou de o convencer" (BLANCHÉ, Robert - História da Lógica de Aristóteles a Bertrand Russel. Lisboa: Edições 70, 1985).
  

Ir Rony Motta
ARLS Renascença Santista n° 339
Santos - SP

MAÇONARIA: UMA ESTRELA QUE BRILHA EM SILÊNCIO...

Sem sombra de dúvida, nenhuma organização é tão fascinante e ímpar quanto a gloriosa maçonaria. Com a missão de tornar homens bons, melhores, ela conseguiu a proeza de permanecer intacta às intempéries da vida, mantendo-se firme como os preceitos que a impulsionam.
Com a trilogia: Igualdade, Fraternidade e Liberdade, digna de atenção, pois, conceitos modernos e indispensáveis para um convívio melhor, na sociedade, há séculos são conhecidos, praticados e divulgados por seus integrantes.
Hoje se fala muito em ecumenismo, como forma de resposta aos conflitos religiosos, contudo, a maçonaria foi a primeira entidade em que a fé individual foi utilizada como instrumento de integração, e não como combustível para sangrentas guerras, provando que todos somos filhos do mesmo Criador, ou seja: irmãos, e podemos viver realmente como tal, independente da religião a que pertençamos.
Atualmente, percebemos que o racismo é uma patologia temível, que coloca em risco a humanidade, notamos então o valor, do exemplo da fraternidade maçônica, pois esta abomina todas as formas racismo.
A filantropia, um de seus estandartes, tem uma característica própria que deixa esse gesto mais nobre: o silêncio, em que, na grande maioria das vezes, nem o próprio beneficiado tem conhecimento de seu benfeitor, esse condimento, não só deixa caracterizada a verdadeira caridade, como nos ensina que não devemos fazer as coisas boas, se podemos fazê-las perfeitas.
Num universo tão eclético, seus congregados, aprendem a honrar três grandiosos pontos, que são sagrados em todos os lugares: Deus, Pátria e Família, independente da cultura, esses tópicos são uma unanimidade do que mais valioso um povo pode possuir. Percebemos que quando tais ícones são desonrados, as conseqüências são enormes.
Porém, investida de tais predicados, foi sempre alvo constante de perseguições, injúrias, e preconceitos, pois jamais se alienou perante as mudanças globais, mostrando-se como obstáculo para caprichos de déspotas, prova disso é que até os nossos dias, estórias “fantásticas” pulverizadas nas mentes férteis das massas, associando à Maçonaria elementos malignos: “os maçons praticam magia negra” etc, são presentes e geram relatos tão absurdos, quanto à maldade de quem os criaram.
Certamente, o que foi fundamental para que ela não se tornasse apenas uma mera coadjuvante na história da humanidade foi a dedicação e a disciplina de seus integrantes, pois apesar das lutas não se inclinou para os problemas, ao contrário, a cada obstáculo se fortaleceu.
Privilegiando os excluídos, defendendo a ética, respeitando as autoridades, incentivando a paz, lutando conta vícios e cultivando a moral, ela segue firme sua jornada que é a disseminação desses valores, que são tão grandiosos e estão além do nosso plano material, pois a certeza da imortalidade da alma e a crença da existência de um Ser Supremo, são os geradores de tanta energia positiva, e com toda certeza, são companheiras dos maçons em qualquer trajeto, seja no cotidiano, ou na esperança de uma vida posterior.

Ir.'. Cristyano Ayres Machado,
Loja Sete de Setembro nº 01 - GOESE
Or.'. de Aracajú - SE

VALE A PENA SER MAÇOM!?...

A Maçonaria oferece momentos de raro prazer aos seus membros. Fazer parte do quadro de uma Loja é integrar e interagir no seu dia-a-dia com outros membros. Vale a pena ser Maçom pelo fato de alargar-se o círculo de amizades... passamos a ser considerados iguais por pessoas que, se não fôssemos Maçons, nunca com elas manteríamos contato.

Não se pretenda ver a Maçonaria como um clube de serviços ou uma sociedade de assistência mútua ou destinada a prestação de serviços comunitários. Podemos dizer que “Ela” faz tudo isso e muito mais, mas não com finalidade específica... é meio e não fim.
As trocas de favores existentes entre Maçons, não são obrigatórias ou próprias dos Maçons. Em qualquer coletividade constata-se a troca de favores entre os seus componentes.
O Maçom por juramento deve prestar, sempre que preciso, ajuda aos seus Irmãos. Entretanto, não está obrigado a levar tal obrigação às raias do sacrifício pessoal. Principalmente quando os pedidos contrariam as leis, e até mesmo os princípios morais e esses, com veemência, são repelidos, haja visto que nenhum Maçom é permitido agir contrariamente à moral e aos bons costumes. Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor à Pátria, respeito aos governos legalmente constituídos, acatamento às leis do país em que se vive, etc.. e, em particular: à guarda do sigilo dos rituais maçônicos; a dedicação de parte de seu tempo para assistir as reuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana, da justiça em toda a sua plenitude. Objetivando-se ampla base de entendimento entre os homens com a finalidade de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil, é considerado ato contrário ao direito, dentro da instituição, as discussões partidárias de política e religião.
Em que pese a banalização da Ordem, criada por uma vocação prejudicial de se primar pela “quantidade” e não pela “qualidade”, ainda assim, nas peneiras sucessivas pelas quais passam os maçons em sua trajetória dentro da Ordem, ficam retidos alguns Irmãos que são, na verdade, a grande estrutura de sustentação da Instituição. Este processo de transformação não ocorre de forma isolada e nem tão pouco instantaneamente, mas de forma gradativa, perceptiva, a partir da assinatura do requerimento e culminando com o ingresso na Ordem Maçônica.
Vale a pena ser maçom! É muito bom ser Maçom! Desde que não seja apenas um “sócio” e que a ela não se tenha entrado com intenções de proveito próprio.
Ir.`. Evandro Azevedo Buruty
(Extraído do “O UNIFICADOR”, fevereiro de 2011)

SER MAÇOM SEM SÊ-LO...

Existem muitos homens que nunca viram o piso de um templo maçônico, são maçons sem avental cujo comportamento probo e valioso para a sociedade os faz agirem quais obreiros da pedra...
É possível ser maçom sem sê-lo? A pergunta é comum. Para o maçom é motivo de séria reflexão em si mesmo. Como responderia o homem treinado nas coisas da Arte Real? Poderia formular o seguinte raciocínio? - Já viu em algum lugar uma estátua representando uma pessoa vigorosa portando um malho e um cinzel a esculpir-se de dentro de uma pedra? Esta é a representação simbólica da auto-educação da Maçonaria. Não é fácil explicar o funcionamento do processo. Também não constitui segredo. Em resumo a educação maçônica pode apenas ser vivida; é resultado de salutar convivência. Para dar uma idéia superficial do que ocorre na Maçonaria é interessante imaginar o homem em sua origem e de como ele provavelmente construiu sua convivência social.

Na era do homem da caverna, quando o sol se colocava no horizonte, acendiam-se fogueiras para aquecer, assar alimentos e iluminar o ambiente. Ao redor destas fogueiras reunia-se a tribo. Trocavam idéias do cotidiano, da caça, da colheita, dos perigos, e passavam conhecimentos novos de uns para os outros. Nestas reuniões, pelo debate, por conversas, em resultado de atos judicativos, e outras comunicações verbais, cada um desejava sobressair-se ao outro com vistas a estabelecer sua vontade, e principalmente, de obter a aprovação dos demais membros do clã, de identificar-se. Esta necessidade de aprovação do grupo fazia com que o indivíduo se adaptasse ao grupo e aceitasse códigos de ação e conduta que o identificassem. Trocavam segredos, confidências de novas técnicas de caça e truques para os mais diversos fins. Quem traísse tais segredos e os divulgasse a outros de fora do grupo, no mínimo seria expulso do clã, quando não o matavam. Isto foi usado por tanto tempo que acabou gravado indelevelmente nos genes do homem, e assim, passa de geração para geração.

O indivíduo, ao forçar uma modificação em si mesmo, às vezes até contra suas próprias inclinações, praticava o que se faz numa loja maçônica; se auto-educava; é o que significa a alegoria do escultor de si mesmo. O que ocorre dentro da loja é esta força do grupo sobre o indivíduo. Há quem o designe uma força mística. Mágico mesmo é quando se observam pessoas a se modificarem gradativamente para o bem, e isto sem que elas o percebam. O grupo reunido é uma força poderosa para modificar pessoas. - Somos seres sociais por excelência! Sociais porque o grupo exerce uma força incrível sobre cada um de seus membros. Isto é verificável nos grupos de jovens: usar "piercins", cortar cabelo de forma bizarra, tatuagem, e outros sinais de identificação externa, são apenas algumas das modificações forçadas pelos seus iguais. Transfira-se isto para características internas de valores e princípios, espiritualidade, emoções e tem-se o que ocorre dentro de uma loja maçônica. É por isso que não tem como aprender Maçonaria a partir de livros; estes possuem apenas conhecimento, informação; e isto não é educação. Para tal é necessária a convivência.

A escola que só transmite conhecimento sem o aporte de princípios, valores e virtudes, não educa, e às vezes sequer transmite conhecimentos. Transmitir conhecimento não é educação. Informação serve quase que exclusivamente para prover o sustento. E como existe apenas a auto-educação, cada um só muda quando decide e age para estabelecer uma mudança. E quando esta alteração no seu eu (self) tem o apoio do ego (livre arbítrio) tem-se a auto-educação pura e proativa. É sempre orientada para o bem porque a auto-educação exige sempre sacrifício, sair da zona de conforto e partir para a ação contra a tendência natural de aderir a vícios, exige força de vontade hercúlea. Sozinho é difícil, mas não impossível. Em grupo a tarefa é facilitada exatamente pela pressão advinda da reunião de diversas pessoas, da energia do pensamento emitido pela coletividade; é genético. O estímulo vem sempre dos irmãos maçons; membros do mesmo grupo social influenciam seus iguais; é um provocando o outro para o bem. E como se tratam quais irmãos, demonstram profundo amor entre si, o perfeito vínculo de união, é certo que onde se reúnem, manifesta-se aquilo que conhecem pelo conceito de Grande Arquiteto do Universo; espírito que permite reunir numa mesma sala pessoas das mais variadas linhas de pensamentos e religiões para discutirem assuntos da sociedade sem que se matem. É uma grande idéia; a maior herança que a Maçonaria recebeu do Iluminismo Francês.

É possível ser maçom mesmo sem portar avental, o símbolo do trabalho em si mesmo, da auto-educação. O maçom sabe que colocar um avental exige um tácito juramento, formal e sagrado, com trágicas e sérias implicações para consigo mesmo se falhar. O simples fato de ser iniciado na Maçonaria, de portar avental não gera um homem perfeito. Cada loja é a união de homens imperfeitos, livres e de boa vontade, com uma vontade imensa de buscar a perfeição, de se ver aprovado pelos iguais. A virtuosidade aflora quando se entende o benefício da associação e de como empunhar as ferramentas certas na auto-educação. O dia-a-dia do maçom é tomado pelo salutar trabalho em si mesmo; trabalha a pedra. Enquanto uma mão empunha o malho e golpeia com força, a outra mão, conduzida pela razão, empunha firme e delicadamente o cabo do cinzel. A ponta afiada do cinzel elimina gradativamente nódoas e excessos da pedra imperfeita, revelando do interior da rocha disforme o homem aperfeiçoado, exemplar obra de arte do Grande Arquiteto do Universo. Esta é a representação do pedreiro esculpindo-se da rocha, é a representação da sua auto-educação pelo uso da razão equilibrada pela emoção e espiritualidade.

Então é possível tornar-se maçom sem sê-lo? Se faltarem os camaradas de caminhada é difícil, mas possível. Existem muitos homens que nunca viram o piso de um templo maçônico, são maçons sem avental cujo comportamento probo e valioso para a sociedade os faz agirem quais obreiros da pedra, faz deles membros da ordem maçônica sem formalizar sua aderência pela iniciação. Quando identificados, a Maçonaria os convida a fazerem parte da Instituição para reforçarem as colunas de seus templos, de somar força com outros homens de igual disposição mental e espírito servidor da humanidade. É o motivo da entrada na Ordem Maçônica ocorrer sempre em resultado de um convite e não de vontade explicita do pretendente. É este acúmulo de líderes sociais num só lugar a razão de com freqüência ouvir-se que a meta de todo maçom deveria ser o de acabar com a Maçonaria; fechar seus templos. Utopia? Mas, e se todos os homens se tornarem perfeitos, qual será então a utilidade da Ordem Maçônica?

Ir.’. Charles Evaldo Boller
A.'.R.'.L.'.S.'. Apóstolo da Caridade Nº 21
Or.'. Curitiba - Grande Loja do Paraná

domingo, 21 de julho de 2013

AUTOCONHECIMENTO - O CAMINHO DA VERDADE...

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os segredos do universo e a maneira de agir de Deus...
"Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses."

A mensagem acima foi escrita há muito tempo em um Templo consagrado ao deus Apolo, em Delfos, na Grécia. É atribuído ao sábio filósofo Sócrates. Encerra uma grande verdade conhecida pelos mestres hermetistas. A verdade de que somos uma expressão individualizada e limitada do Universal, encerrando em nosso íntimo uma parcela da natureza de Deus. Como um microcosmo, refletimos em proporção limitada aos nossos pensamentos e sentimentos, o poder Criador Dele.
Esse é o princípio em que se baseia a maioria dos pesquisadores dos segredos da alma humana.

Podemos traduzir a mensagem acima a uma linguagem mais atual nos seguintes termos:

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os segredos do universo e a maneira de agir de Deus.

Quem alcançar um determinado grau de evolução espiritual, correspondente ao domínio e conhecimento de si mesmo entenderá o sentido profundo e maravilhoso destas palavras.
"Buscai e encontrareis".
A busca por sabedoria, evolução e conhecimento acabam sempre levando o homem em um determinado momento ao centro de tudo: seu próprio eu.
Conseqüentemente, inicia-se uma busca por um tipo de conhecimento cujo domínio e Compreensão, podem trazer luz e direção à nossa vida. Trata-se do autoconhecimento; ou seja: o conhecimento de si mesmo. A partir do momento em que o homem desperta para a necessidade dessa busca interior, inicia-se uma verdadeira jornada em sentido vertical rumo à evolução do seu ser. A conseqüência disso se traduz em uma melhoria consistente em sua vida como um todo. Melhora-se a auto-estima e tende-se valorizar a vida. Isso, no entanto, pode ser prejudicado se o caminho escolhido é limitado por algum tipo de sectarismo místico-religioso radical que tira a liberdade de escolha do iniciante. Por isso, frisamos que o primeiro passo para a aquisição de uma consciência de si mesmo mais evoluída e livre de incisões ideológicas impostas por terceiros, consiste em uma busca assídua por conhecimento, através do estudo da experiência humana em todos os tempos sem se deixar levar pelos preconceitos de natureza filosófica, mística ou religiosa.
A busca por autoconhecimento, assim como todas as coisas em nosso caminho, jamais será em vão. Pode começar de muitas formas, mas ao final nos encontraremos em um local onde a verdade se manifesta em plenitude.
Acreditamos que todo ser humano é um eterno aprendiz mergulhado nos infindáveis mistérios da criação. Ninguém é dono da verdade. Por isso; a prática do autoconhecimento não pode jamais estar vinculada, unilateralmente a uma determinada corrente de pensamento; seja esta de fundo místico, ideológico ou religioso.
O aprendiz deve ser crítico e estar disposto a separar com sabedoria o joio do trigo, com muito cuidado. Somente através da busca constante da sabedoria, somos capazes de penetrar no mais secreto e oculto de todos os mundos - nosso eu interior –e descobrir o maior de todos os tesouros escondidos debaixo dos céus. Trata-se da centelha divina que trazemos dentro de nós que nos torna capazes de refletir aqui na terra, uma pequena fração do poder e da glória do Grande Criador do Universo e transformar nossa personalidade para melhor mediante o desenvolvimento da espiritualidade. E aprender que, mudando a nossa personalidade para melhor, tudo à nossa volta se torna também melhor, exatamente como os velhos sábios ensinaram em escritos antigos de alquimia. Diziam ter descoberto a pedra filosofal com a qual se pode transformar qualquer metal em ouro.
Porque quando se lapida a alma com todo labor e persistência, eliminam-se as escórias de nossa personalidade, representadas simbolicamente pelos metais inferiores e surge polido e purificado o ouro espiritual ou a pedra filosofal dos antigos alquimistas; ou ainda a pedra angular descrita na Bíblia, já que ambos significam a mesma coisa.
O conhecimento da Arte Real pode ser estudado, mas não pode ser assimilado sem que seja devidamente incorporado à personalidade através de uma prática metódica e constante.
A partir de então, conscientizei-me de que a fé é um poder tremendo que qualquer pessoa pode utilizar para a realização dos seus propósitos, independente da sua religião ou crença.
Pode ser utilizado tanto para edificar a espiritualidade, objetivo maior da vida humana, como para atingir objetivos puramente materiais.
Entretanto, aqui está a diferença entre o profano e o iniciado: Quem utilizar esse imenso poder original de Deus para coisas mesquinhas ou negativas pode descer aos abismos infernais de acordo com a lei universal de ação e reação porque não a usou com sabedoria. Quem usar o Poder Divino com cuidado e sabedoria, pode ascender aos céus inefáveis da consciência espiritual.
Utilizar os segredos da 'Ciência Incomunicável' com sabedoria consiste simplesmente em utilizar o nosso poder criador para desenvolver os nossos dons inatos e para a realização de nossos ideais sublimes na vida.
Todos têm um nobre ideal na vida. Cada um possui dons que lhe são inerentes. Estes são os modos pelos quais se manifesta a grandeza e a vontade de Deus entre os homens.
O poder criador é a centelha divina que trazemos dentro de nós que nos torna capazes de refletir aqui na terra uma pequena fração da força e da glória do Grande Arquiteto do Universo.

Utilize-o!
"Multiplique os seus dons. Exatamente como nos ensina a Parábola dos Talentos proferida pelo divino Mestre Jesus."
Evangelho de Mateus cap. 25 vers. 14-29).
Ir.'. Luis Genaro Ladereche Figoli Membro da Loj:. Simb:. Palmares do Sul nº 213G:.L:.R:.G:.S:.artigo publicado no blog Espaço do Maçom

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O ÂMAGO DA VIRTUDE


Haverá filósofos que pretendem induzir-nos a dar grande valor à prudência, a praticarmos a virtude da coragem, a nos aplicarmos à justiça — se for possível — com maior empenho ainda do que às restantes virtudes. Pois bem: de nada servirão estes conselhos se nós ignorarmos o que é a virtude, se ela é una ou múltipla, se as virtudes são individualizadas ou interdependentes, se quem possui uma virtude possui também as restantes ou não, qual a diferença que existe entre elas. Um operário não precisa de investigar qual a origem ou a utilidade do seu trabalho, tal como o bailarino o não tem que fazer quanto à arte da dança: os conhecimentos relativos a todas estas artes estão circunscritos a elas mesmas, porquanto elas não têm incidência sobre a totalidade da vida. A virtude, porém, implica tanto o conhecimento dela própria como o de tudo o mais; para aprendermos a virtude temos de começar por aprender o que ela é. Uma acção não pode ser correcta se não for correcta a vontade, pois é desta que provém a acção. Também a vontade nunca será correcta se não for correcto o carácter, porquanto é deste que provém a vontade. Finalmente, o carácter não poderá atingir a perfeição se não compreender as leis que regem a totalidade da vida nem investigar qual o juízo correcto a fazer sobre cada coisa, em suma, se não aferir todas as coisas pela verdade.
A serenidade não é apanágio senão de quem alcançou um conhecimento imutável e infalível sobre o mundo: os demais tomam agora uma decisão, depois arrependem-se e permanecem indecisos sem saber se hão-de levar ou não até ao fim os seus propósitos. A causa que os faz andar assim à deriva é eles guiarem-se pelo mais falível dos critérios: a opinião comum! Se queres que a tua vontade permaneça a mesma, terás de só desejar a verdade. Ora, à verdade não podemos chegar sem conhecermos os princípios básicos da filosofia, os quais incidem sobre a totalidade da vida. O bem e o mal, a moralidade e a imoralidade, a justiça e a injustiça, a piedade e a impiedade, as virtudes e o emprego das virtudes, a posse de bens úteis, a reputação e a dignidade, a saúde, a prestança física, a beleza, a acuidade dos sentidos — tudo isto exige da nossa parte uma correcta capacidade de avaliação. Há que saber quanta e qual a importância a conceder aos meios de fortuna. Tu, efectivamente, laboras em erro ao atribuir a certas coisas maior valor do que o devido, e laboras tanto mais em erro quanto é certo que coisas consideradas entre nós como especialmente valiosas (riqueza, influência, poder) não valem, na realidade, sequer um sestércio. Ora, a isto não poderás chegar se ignorares a proposição de base através da qual acedemos à determinação do valor respectivo de cada coisa. Assim como as folhas, isoladamente, não podem estar viçosas e precisam de ramos em que se sustentem e de que recebam a seiva, assim também todos esses preceitos, desamparados, murcham; as podas só medram se plantadas! 

Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
Tema(s): Virtude 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O REI SALOMÂO E O TEMPLO DE JERUSALÉM

O Reino de Israel, segundo a Bíblia, foi a nação formada pelas doze Tribos de Israel, surgindo no século XI a.C sob a liderança de Saul, seu primeiro rei. Sucederam-no Isbonet, Davi e posteriormente Salomão filho de David e Bate-Seba, sendo então o quarto Rei de Israel.

Salomão segundo algumas cronologias, reinou de 1009 a.C a 922 a.C e reinou durante quarenta anos. O nome Salomão deriva em hebraico de Shalom, que significa “PAZ”, tem o significado de “Pacífico”. Foi adicionalmente chamado de Jedidias( em Árabe Sulayman) pelo profeta Natã, nome que significava em hebraico “Amado por Deus”.

Era um Rei muito jovem e muito sábio. Seu pai, o rei David, pouco antes de morrer convocou a Corte e anunciou seus príncipes: “ De todos os meus filhos( porque muitos me deu o Senhor), Ele escolheu Salomão para herdar meu trono”. Mas Adonias, filho primogênito de David proclamou-se pretendente ao Trono, mas segundo os profetas era vontade Divina que o sucessor fosse Salomão. Seu direito foi assegurado mediante ação decidida de sua mão Bete-Seba, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com a aprovação do já idoso rei David.

O novo rei mal entrara na adolescência e com grande responsabilidade. Uma noite, em sonhos, uma Voz lhe falou “Pede o que desejares e serás atendido”. Então implorou “Dá- me um coração entendido e sábio para julgar e discernir entre o bem e o mal”. Ouviu a promessa do Altíssimo: “Já que não pediste grandezas, nem a morte de teus inimigos, terás um coração tão sábio que ante de ti, ninguém te igualará. E terás riqueza e glória como nenhum rei teve ou terá”.

Assim começou Salomão, imbuído da Centelha Divina, o seu reinado. Era um rei pacifico, não era um líder guerreiro como seu pai, pois não precisou tornou-se um grande governante e um juiz justo e imparcial, e logo conquistou a amizade e admiração dos outros reis. Cumulavam-no de presentes valiosos, que vinham acrescer as riquezas já abundantes no reino.

O rei Salomão não perdia suas horas livres em ociosidade. Aproveitava esse tempo para elevar o espírito às regiões espirituais, filosóficas e poéticas. Deixou para posteridade “Provérbios”, Cânticos dos Cânticos” e Eclesiastes”.

No primeiro, tinha como tema recorrente o temor a Deus. Tinha consciência de que a sabedoria perderia seu sentido se não fosse guiada, especialmente em termos éticos e morais, pelo temor a Deus somente adquirido através do estudo da Lei e da prática de atos de bondade.

De suas observações sobre o desenrolar dos tempos, concluiu que “nada é novo debaixo do sol” e, deplorando a frivolidade humana, declarou: Vaidades de vaidades, Tudo é vaidade”.

O rei David, desejava construir uma casa para Deus, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória (Tabernáculo ou Santuário para os hebreus, existente desde os dias de Moisés). Este desejo lhe foi negado por Deus, por ter derramado muito sangue em guerras. No entanto isto seria permitido a Salomão seu filho, pois a vontade Divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz.

O inicio da construção do Templo de Jerusalém (Templo de Salomão) foi no quarto ano de seu reinado, e segundo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai.
O trabalho prosseguiu por sete anos. Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram, rei de Tiro, forneceu madeira (cedro) e operários especializados em madeira e pedra. Também contratou “um homem que soubesse lavrar, cinzelar, trabalhar com ouro, prata e ferro”. E veio Hiram- Abif, em sua mão foi lhe entregue a construção do Templo.

Edificaram-no no Monte Moriá, em Jerusalém. As paredes externas eram erguidas com pedras polidas que se encaixavam umas nas outras, sem necessidade do uso de qualquer ferramenta. Dentro, as salas eram revestidas de cedro, com adorno de flores em relevo.

O templo tinha uma planta muito similar ao Tabernáculo que anteriormente servia de centro de adoração do Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo (salas), sendo maiores que as do tabernáculo. O Santo media 17,8 m de comprimento e 8,9 m de largura e 13,4 m de altura. O Santo dos Santos era um cubo de 8,9 m de lado.

Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II rei da Babilônia, em 586 a.C após dois anos de cerco em Jerusalém. O templo de Salomão durou 4 séculos. Décadas mais tarde, em 516 a.C, após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C, pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.

Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era uma parte da estrutura do Templo de Salomão, mas estudos científicos com datação atribuem ao muro idade próxima à década anterior ao nascimento de Cristo, podendo tratar-se do Terceiro Templo também destruído pelos romanos, não há comprovação de sua existência, não há registros extrabiblícos de sua existência.

Contudo Salomão foi efetivamente um grande construtor. Sua época historicamente considerada e arqueologicamente comprovada, e foi de grande prosperidade, e que pelos resultados de escavações arqueológicas e documentos diversos é possível estabelecer conclusões quanto á arquitetura atribuída ao Templo de Salomão, no que concerne a ornamentação, disposição das dependências, técnica construtiva, comparando a tradição bíblica com restos arqueológicos de outros templos do oriente.

O Templo de Salomão ocupa posição de destaque na simbologia Maçônica, sendo uma dos mais marcantes fontes de símbolos, alegorias e lendas para o ensinamento dos princípios Maçônicos.

A existência do Templo de Salomão é um mito, mas o Maçom não desprezará o repositório inesgotável de ensinamentos velados por alegorias que nos proporciona a história (ou lenda) da construção do Templo. Não desprezará a tradição dos Maçons operários, só porque a arqueologia ainda não obteve provas concretas e irrefutáveis. Nem mesmo negará a tradição bíblica por insuficiência de escavações arqueológicas. Na obra de Jules Boucher Simbólica Maçônica: “Os Maçons não tentamos reconstruir o Templo de Salomão; é um símbolo, é o ideal jamais terminado, onde cada Maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo no silêncio da meditação”.

 
Wellington Oliveira, M.M.
ARLS Igualdade, Oriente de São Paulo - Brasil

domingo, 14 de julho de 2013

A FRATERNIDADE ROSACRUZ


No mosteiro dos Albijenses, o filho mais novo do nobre Germelshausen, sem o ambiente castelão em que nasceu, privado dos carinhos da sua família que foi destroçada, no meio a homens de vida extremamente austera, não teve a infância de todas as crianças. Por isso a sua mente excepcional teve de centrar-se nas ideias que os monges tinham e viviam! No mosteiro aprendeu grego e latim. Muito jovem tinha formado com quatro monges um grupo que se dedicou ao estudo das ciências que se cultivavam no mosteiro e justificavam a sua existência. Mas era necessário ir às fontes dos conhecimentos que ali se estudavam e viviam.

Quando o jovem tinha quinze anos, o grupo deixou o mosteiro e iniciou sua marcha em direcção à Terra Santa. Para evitar suspeitas dos discípulos de S. Domingos não viajaram juntos. Em Chipre faleceu o velho monge que ia com Germelshausen. O jovem, porém, não desanimou e prosseguiu a viagem afrontando todos os inconvenientes e perigos. Em Damasco encontrou um Centro de Iniciação e aí ficou. Era o que pretendia: viver entre sábios. Poucos anos depois tinha atingido a graduação necessária e resolveu partir. De Damasco passou ao Egipto e deste país foi viajando pelo mediterrâneo até Fez. Daqui resolver passar a Espanha e juntar-se aos Alumbrados, que o receberam mas acharam os seus pontos de vista demasiado avançados, não o aceitando! A partir de Espanha, Germelshausen adoptou o nome simbólico de Cristão Rosacruz (Christian Rosencreuz).

Nesse tempo a "Santa Inquisição", fundada por S. Domingos para reduzir a cinzas todo aquele que ousasse perfilhar ideias diferentes das que eram impostas pelo Catolicismo, obrigou Cristão Rosacruz a abreviar a estadia em Espanha e França e a dirigir-se para a Turíngia, na Alemanha, sua pátria, regressando ao mosteiro albijense em que fora criado. Até hoje não foi possível determinar em que ponto de Espanha era a sede dos Alumbrados, que tiveram uma existência de séculos, tendo sido exterminados pela "Santa Inquisição", durante o século XVI.

Na Turíngia, Cristão Rosacruz foi encontrar os três antigos companheiros e com eles, mosteiro, estabeleceu a Fraternidade Rosacruz. Mais tarde foram admitidos novos membros ficando a Fraternidade com oito membros. Anos depois a Fraternidade Rosacruz tinha treze membros e não podia ultrapassar esse número. Estava estabelecida no estilo usado por Jesus: doze membros, simbolizando os doze signos do Zodíaco e o Sol, que formava o 13º.

Crê-se que os Iluminados (ou Alumbrados) se estabeleceram em Espanha durante invasão dos árabes. Admitimos, porém, que a sua existência é anterior, pois os Iluminados eram cristãos e os árabes não aceitavam organizações cristãs. E ao Catolicismo até o colectavam, em pé de igualdade com os estabelecimentos do comércio. O que dissemos a respeito dos cristãos primitivos, na crónica anterior, revela a existência de núcleos de nazarenos na Hispânia, muito particularmente na orla marítima, pois a Galiza foi colonizada pelos Fenícios e Gregos, entre os quais viriam nazarenos. daí as referências de S. Paulo à Espanha.

Convém não esquecer que os povos célticos, antigos povoadores de grande parte da península Hispânica, tinham usos e costumes tão semelhantes aos dos cristãos, que ao ser-lhes imposto o cristianismo, pelos Romanos, receberam-no sem resistência.
(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 266, Outº-Dezº, 1977)

NASCIMENTO DA ORDEM ROSACRUZ
Ao começo da segunda década do século XVII, reuniram-se representantes de todas as organizações que congregavam Essénios ou Cátaros e os cristãos esotéricos (que são aqueles que continuaram a Escola Cristã fundada por Jesus) espalhados pelas várias cidades da Europa, com a finalidade de constituírem uma única associação que lhes permitissem maior apoio, disciplina no estudo dos mistérios e mais segurança na guarda e difusão do imenso tesouro espiritual que possuíam. Para escaparem à ferocidade da "Santa Inquisição" reuniram-se numa caverna existente nas montanhas do Tirol, entre Salzburgo e Munique. Depois de longos debates assentaram no estabelecimento de um estatuto único para regência de todos. Como no espaço sidério se congregavam os divinos seres a que chamamos Irmãos Maiores, por pertencerem a uma humanidade anterior à nossa e serem os condutores da evolução de todos os seres que existem na Terra, à nova organização foi dado o nome de Ordem Rosacruz.

Entre estes grandes seres há humanos que já se elevaram acima da vulgaridade pela sua bondade e pureza de alma. Muitos são médicos que exercem a sua profissão como se fora um sacerdócio, no estado de vigília e no de sono, sempre no seu mister em favor da saúde e bem estar dos seres terrenos e assim merecem a amizade dos Irmãos Maiores, que os fizeram seus cooperadores permanentes. Foi por esta razão que os agrupamentos de estudantes de ocultismo deixaram de usar os seus títulos antigos e se constituíram em Ramos da Ordem Rosacruz, ministrando um ensino bem definido e igual. Os seres humanos que trabalham com os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, são os chamados Irmãos Leigos. Foram altamente qualificados pelos Irmãos Maiores, que pelas suas altas qualidades os colocaram ao seu serviço.

Desta maneira os adeptos do grande filósofo, ocultista e místico que se chamou Paracelso - famoso como médico e alquimista, sábio cultor da astrologia - os Paracelsianos, bem como os Hermetistas, os Pictóricos, os Alquimistas e os Gnómicos, grupos de estudos esotéricos, parecem ter desaparecido. Na realidade apenas abandonaram as antigas designações para se integrarem na Ordem Rosacruz. Desde a sua existência, conhecida entre os hebreus, no tempo de Moisés (entre os Essénios), até ao fim do século XIX, a Ordem Rosacruz foi uma associação secreta, por os seus ensinamentos serem tão profundos que rareavam extraordinariamente as pessoas dignas de os receber! Se não foram a sua grande prudência no ministério da Sabedoria dos Rosacruzes, esta teria sido aplicada desonestamente, como acontece com a astrologia e outros ramos do saber oculto, na posse de pessoas sem as qualidades morais e intelectuais necessárias a tão elevados conhecimentos. Durante os séculos XVII e XIX a Ordem Rosacruz reunia grande número de pessoas escolhidas da Europa, e daqui irradiou os seus Ramos de estudo para a América do Norte.

(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 267, Janº-Marº, 1978)

A FRATERNIDADE ROSACRUZ
No final do século XIX a humanidade apresentava um notável avanço na senda da evolução, pelo que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (celeste) resolveram abrir as portas dos seus templos de sabedoria ao maior número possível de estudantes da sua filosofia. Porém, os dirigentes da Ordem Rosacruz (terrena) fieis ao princípio estabelecido no Estatuto da Ordem, não acediam às instruções vindas dos seus monitores divinos. Então, para vencerem a cristalização dos princípios estabelecidos desde a mais alta antiguidade, os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (celeste), resolveram criar uma nova organização, aberta a todas as pessoas que sinceramente desejassem receber os seus ensinamentos. Eles ficariam guardando a pureza da doutrina, que só é comunicada quando se reconhece o mérito necessário.

Depois e várias diligências de carácter iniciático foi escolhido Max Heindel, para fundar a nova organização. E foram-lhe conferidos os necessários meios para essa finalidade. E, deste modo, nasceu a Fraternidade Rosacruz, em inglês The Rosicrucian Fellowship, restaurando-se a antiga denominação que havia sido adoptada no século XIII, mas liberta de todos os preconceitos antigos, só interessada em actualizar o método Rosacruz, tornando-o actual, progressivo, de modo a mantê-lo sempre actualizado através dos tempos vindouros, completamente despido de arcaísmos inúteis, pertencentes ao passado.

Foi no decurso do ano de 1909 que Max Heindel, inspirado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz (celeste), deixou a Sociedade Teosófica da América do Norte (onde era vice-presidente de um Ramo) e começou a fazer conferências. Publicou o primeiro livro sobre filosofia Rosacruz, o Conceito Rosacruz do Cosmo, que lhe foi inspirado pelos Irmãos Maiores e fundou The Rosicrucian Fellowship - Fraternidade Rosacruz, que ficou estabelecida no monte sobranceiro à cidade de Oceanside, debruçada sobre o Ocenao Pacífico. A este monte, coroado pelo templo de doze faces, foi dado o nome de Monte da Igreja. Daqui irradiou Max Heindel a sua fecunda e salutar filosofia Rosacruz, que havia de levar a quantos a recebem com sinceridade e pureza de intenções a mais íntima satisfação.

A Fraternidade Rosacruz tem os seus ramos estendidos por todo o mundo e admite no seu seio, gratuita e amorosamente, todos os que solicitam a sua admissão ao estudo das suas disciplinas. Quem entra nesta respeitável organização não fica com encargos de quotas, nem de jóias, nem outros que envolvam dinheiro. Tudo, aqui, se faz gratuitamente, em obediência ao preceito: "dái de graça o que de graça recebeste". Todas as suas despesas são custeadas com as dádivas voluntárias dos seus membros, que o possam e queiram fazer, e pelas daquelas pessoas que, não sendo membros, simpatizam com a Grande Obra e dela recebem, também, calor e protecção.

Tudo quanto é Rosacruz não suporta o negócio nem o dinheiro! Também não se praticam aqui actos que possam induzir os seus membros em erro ou a caírem nos tenebrosos meandros do ocultismo prático. O que procuram os rosacrucianos é emancipar os seus membros de superstições e crendices, que só inferiorizam e enfraquecem. E, por isso, tudo fazem no sentido de ajudar o desenvolvimento harmonioso do ser humano.

(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 268, Abril-Junº, 1978)

HISTÓRIA RECENTE EM PORTUGAL
Em 21 de Março de 1926, os rosacrucianos dispersos por todo o território nacional, metropolitano, insular e ultramarino, deliberaram apresentar-se publicamente e, entre as decisões tomadas, constava a de editar uma revista, que reunisse parte dos documentos que circulavam internamente entre os membros. E assim nasceu a Revista ROSACRUZ. Na década de 60 as actividades rosacrucianas, mesmo as que envolviam actos de solidariedade social, eram cuidadosamente vigiadas. As obras destinadas à instrução e pesquisa, importadas do estrangeiro, se não vinham registadas desapareciam; se vinham sob registo não nos eram entregues. Quando reclamadas pelos remetentes eram então devolvidas com a declaração, humilhante para o prestígio do país: CIRCULAÇÃO INTERDITA POR CONTER LITERATURA ROSACRUZ.

Os rosacrucianos são encarados com respeito e admiração em todo o mundo, porque a sua actuação é benéfica para a disciplina e harmonia social. Por esse motivo são-lhes concedidas facilidades diversas, de natureza fiscal e outras. Em Portugal, até ao dia 24 de Abril de 1974 os rosacrucianos não se podiam apresentar como tais! No dia 17 de Junho de 1966, pelas 7 horas da manhã, foi a sede da Fraternidade Rosacruz de Portugal, simultaneamente residência do seu Presidente, assaltada por um grupo de treze agentes da PIDE. Revolveram tudo à sua vontade, passando as largas centenas de livros da biblioteca um a um, na ânsia de encontrarem matéria que lhes permitisse efectuar detenções. Terminaram a diligência a altas horas da noite. Levaram originais inéditos, mais de mil e duzentos estudos astrológicos de personalidade de destaque, vítimas de crimes ou doenças graves; livros, revistas, correspondência e até dinheiro! Iniciaram-se imediatamente diligências para obter explicações e a devolução dos documentos subtraídos. O inspector que dirigiu o assalto acabaria por informar que a busca tinha sido motivada por suspeita de reuniões Maçónicas. Ao ser-lhe inquirida a razão de ter despojado a residência pessoal do Presidente de tantos objectos limitou-se a dizer:

- O despacho que recebemos foi para fazer o que se fez. Mas, como os objectos que trouxemos não possuem o menor interesse para esta polícia, vão-lhe ser entregues. Dirijam-se ao subdirector José Sachetti e peçam-lhe a entregas das coisas. Ele ordenará a devolução.

Alguns dias depois regressou o Presidente da Fraternidade Rosacruz, devidamente mandatado, à sede da PIDE. Foi recebido pelo subdirector José Sachetti, que não só recusou a devolução de tudo que mandou subtrair, como proibiu a publicação da Revista ROSACRUZ. E fê-lo com a ameaça de prisão por publicação clandestina. Explicou-se ao subdirector J. Sachetti que a Revista se publicava há 40 anos, estava devidamente registada na Conservatória da Propriedade Literária, Científica e Artística, que nunca tinha sofrido qualquer sanção. E a resposta repetiu a ameaça inicial: "o Presidente da Fraternidade Rosacruz seria preso por publicação clandestina e iria responder no plenário". Depois de cerca de duas horas de explicações, sem nada conseguir, de nada valia argumentar mais. Perante as sucessivas ameaças de prisão, fez-se-lhe apenas um aviso: "Não lhe daríamos esse prazer. Como estamos a perder tempo, se V. Exª nos dá licença, retiramo-nos. Mas não assumimos a responsabilidade pelo que depois se disser no país e no estrangeiro pelos actos cometidos". Insensível J. Sachetti respondeu:

- Sempre se disse mal de Portugal no estrangeiro. Por isso não importa. Se quiserem requerer a entrega das coisas apreendidas podem fazê-lo. Mas, se o requerimento vier às minhas mãos, mando-o somente juntar ao processo.

Dias depois, embora sem esperanças, requereu-se, em forma legal, a devolução de todos os objectos e documentos. Não obtivemos mais do que o silêncio (Alguns livros foram readquiridos, anos mais tarde, em alfarrabistas). Quando o Dr. Marcelo Caetano assumiu a Presidência do Governo, crentes de que iria fazer o regresso do país à liberdade, expuzemos-lhe a situação. Recebemos um ofício da Presidência do Conselho comunicando que a exposição tinha sido enviada do Ministro do Interior, Dr. Gonçalves Rapazote. Dele também nada mais recebemos do que silêncio!

Tanto do auto de declarações que nos levantou o inspector da PIDE Fernando Alves, como no de levantamento de selos, dinheiro e documentos diversos, nas secretárias e noutros móveis que estavam fechados, foi cautelosamente evitada a mais leve referência a livros impressos, manuscritos inéditos, objectos do espólio do Museu, correspondência da Fraternidade Rosacruz, Revista Rosacruz, ou simplesmente Rosacruz, com a "acariciante" promessa de tudo nos ser devolvido, por não ter o menor interesse para a PIDE.

(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 268, Julº-Setº, 1978)



sábado, 13 de julho de 2013

COMO SURGIU O TARÔ


Existem várias lendas e estórias envolvendo a origem do tarô. A que mais parece estar próxima da verdade é a que algum tempo antes de a ATLÂNTIDA sumir, engolida pelo oceano, vários sábios, antevendo a inevitável tragédia, saíram procurando outros povos a fim de transmitir-lhes seus ensinamentos. Muitos desses sábios conseguiram alcançar o EGITO e revelaram aos sacerdotes de lá todo o conhecimento da misteriosa civilização Atlanta.

Para evitar o mal uso de todos esses conhecimentos, os sacerdotes egípcios os revelaram apenas a seus discípulos. No entanto, essa preocupação aumentou quando o Egito passou a ser invadido por outros povos. A fim de preservar seus conhecimentos, os sacerdotes decidiram grava-los em lâminas de metal, SOB A FORMA DE SÍMBOLOS, que só podiam ser compreendidos por aqueles que lograssem decifra-los.

O tarô foi criado desta maneira, reunindo um conjunto de figuras, desenhos e símbolos, em 78 cartas, que resumem informações a respeito da história das religiões, do saber humano e da relação do homem com a energia de Deus.

O tempo foi passando e o tarô tornou-se mais conhecido como um instrumento divinatório e de leitura do destino. Os pesquisadores dizem que usar as cartas do tarô apenas como uma espécie de passa-tempo, é perda de tempo. Eles afirmam que as lâminas ajudam a desvendar todos os mistérios do homem, da natureza e de Deus. O tarô, desde que foi conhecido, passou por várias mudanças e influências, dependendo do país onde era usado, mas, mesmo assim, manteve sua função original: um instrumento que serviam ocultistas e magos, conservando alguns de seus símbolos originais.

As cartas do tarô foram redesenhadas diversas vezes em várias versões e mostram figuras do EGITO ANTIGO, INFLUÊNCIA DE CIGANOS, caracteres do ALFABETO HEBRAICO e de outros tantos povos. No século 18, na França, surgiu a versão do tarô conhecida até hoje como o tarô de Marselha, muito popular no mundo inteiro.

O tarô também passou a chamar a atenção de cientistas, como o PSICÓLOGO CARL GUSTAV JUNG, de origem suíça, nascido no ano de 1875. Após uma ampla análise dos símbolos e mitos em diversas religiões, somou suas pesquisas com as experiências clinicas e acabou desenvolvendo a teoria do inconsciente coletivo, que diz que todos os seres humanos teriam em sua mente inconsciente, símbolos, referências, vontades e medos iguais, uns em relações aos outros.

Por fim, JUNG percebeu que o tarô dispunha desses símbolos, eficaz instrumento para que o ser humano se conheça mais. Até hoje, os ensinamentos ocultos nas 78 cartas são constantemente pesquisados e há muito para se ler a respeito do assunto.

A NATUREZA E SUAS FORÇAS
Quando se põe o TARÔ CIGANO para o consulente, cria-se um campo mágico com poderes divinatórios. São as forças vivas e vibratórias que desempenham uma importante função neste processo, durante todo o seu transcorrer.

No planeta em que vivemos, sofremos a ação de diversas forças da natureza. Isso acontece todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todo instante. É impossível fugir disso. A magia possui o seu mistério, que é de manter o equilíbrio com o nosso interior. Estando em equilíbrio, temos a capacidade de atrair coisas boas e repelir aquelas que nos são prejudiciais. Não há um “destino escrito” para cada pessoa. O que existe, na verdade, é um “caminho a ser percorrido”. Dotados do “livre-arbítrio”, os seres humanos têm o poder de escolher tal caminho. “Também existem o ‘carma positivo” e o “carma negativo”. O positivo está relacionado com as pessoas que se amaram em vidas passadas; o negativo, por sua vez, diz respeito aos que eram inimigos em encarnações anteriores.
Devido a isso, somos responsáveis por todas as escolhas que fazemos.

OS ELEMENTAIS
Gnomos, duendes, salamandras, ondinas, silfos são muitos conhecidos entre os estudiosos e praticantes da CABALA. Na verdade, eles são conhecidos como elementais e são, por extensão, as “almas dos espíritos”. Representam à potência dos elementos, comandando sua manifestação própria. Atuam numa sintonia evolutiva bem diferente da dos seres humanos.

Os elementais se encontram na escala angélica, do mesmo modo do que os sete planos espirituais, gerando a evolução da vida e da forma do planeta em que vivemos. Acima dos elementais, na ordem hierárquica, podemos encontrar os Devas Maiores, os anjos e os arcanjos.

Os elementos têm uma forma semelhante à humana e são constituídos de luz. Utilizam-se duas formas para se apresentarem no veículo etéreo ou no corpo astral.
A ÁGUA - Elementais: Nereidas, Ondinas.
A TERRA - Elementais: Gnomos, Duendes.
O FOGO - Elementais: Silfos, Salamandras.
O AR - Elementais: Elfos, Fadas.
O ÉTER
Em todos os rituais mágicos, incluindo o TARÔ CIGANO, juntamos elementos materiais aos elementos espirituais e assim geramos um “clima mágico”, propicio para que a magia se apresente e ocorra. Quando o ritual do POVO CIGANO DO ORIENTE é realizado, cria-se uma força magnética, que se movimenta no éter, onde a luz permite o EQUILÍBRIO DOS OPOSTOS e faz que a magia se manifeste.

A POLARIDADE
“Tudo é duplo; tudo tem dois pólos, tudo tem seu par de opostos; o semelhante e o dessemelhante são uma só coisa, os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em graus; os extremos se tocam, todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados”. – O Caibalion –

O Quarto Grande Principio hermético – o Principio de Polaridade – contém a verdade que todas as coisas manifestadas tem dois lados, dois aspectos, dois pólos opostos, com muitos graus de diferença entre os dois extremos. Os velhos paradoxos, que ainda deixam perplexa a mente dos homens, são explicados pelo conhecimento deste Principio. O homem também reconheceu muitas coisas semelhantes a este Principio e tentou explimi-lo por estas máximas e aforismos: Tudo existe e não existem ao mesmo tempo, todas as verdades são meio-falsas, há dois lados em tudo, todo verso tem o seu reverso, etc.

Os Ensinos herméticos são, com efeito, que a diferença entre as coisas que se parecem diametralmente oposta é simplesmente questão de graus. Eles ensinam que os pares de opostos podem ser reconciliados, e que a reconciliação universal dos opostos é efetuada pelo conhecimento deste Principio de Polaridade. Os instrutores dizem que os exemplos deste Principio podem ser dados a qualquer pessoa, e por meio de uma examinação de natureza real das coisas. Eles conhecem porque afirmam que o Espírito e a Matéria são simplesmente dois pólos da mesma coisa, sendo os planos intermediários simplesmente graus de vibração. Eles afirmam que o TODO e o Muito são as mesmas coisas, a diferença sendo simplesmente questão de grau de manifestação mental. Assim a LEI e as Leis são os dois pólos de uma só coisa. Do mesmo modo o PRINCIPIO e os Princípios, a MENTE INFINITA e a mente finita.

 
Júlio Cesar Lobato, C.'.M.'.
Ordem Rosacruz - Brasil