sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PALÍNDROMO...


PALÍNDROMO


O palíndromo configura-se em uma das muitas maneiras de se interagir com a palavra e estaria presente inclusive nas Sagradas Escrituras, quando Adão teria dito sua primeira frase à Eva: "MADAM, I'M ADAM" ("Senhora, eu sou Adão"). 

Um dos palíndromos mais antigos e conhecidos está em latim: "SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS" (O lavrador diligente conhece a rota do arado"). Este é considerado um palíndromo perfeito, pois pode ser lido em qualquer direção, inclusive de cima para baixo ou de baixo para cima. Observe: 

S A T O R 

A R E P O 

T E N E T 

O P E R A 

R O T A S 

  O maior palíndromo que se conhece é a palavra finlandesa "SAIPPUAKIVIKAUPPIAS", de dezenove caracteres, que significa "vendedor de soda cáustica". Já a palavra palindrômica mais extensa do nosso idioma é o superlativo de omisso, OMISSÍSSIMO. 

  Na construção de sentenças, versos e frases o exemplo tido como mais antigo do Brasil é: "ROMA ME TEM AMOR". Depois deste, surgiram vários outros, dentre eles o conhecido: "SOCORRAM-ME, SUBI NO ÔNIBUS EM MARROCOS". Outros dois palíndromos que chamam a atenção pela extensão, são: "ME VÊ SE A PANELA DA MOÇA É DE AÇO MADALENA PAES, E VEM" e "LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL".

Existem palíndromos em outros idiomas, além dos já citados em português e inglês, tais como: 

- Palíndromo em sueco: "NI TALAR BRA LATIN" (Vocês falam bem latim) 

- Palíndromo em espanhol: "SÓLO DI SOL A LOS ÍDOLOS" (do argentino Juan Filloy)

- Palíndromo em francês: "L'ÂME DES UNS IAMAIS N'USE DE MAL". (Larrousse du XX esiècle) 

- Palíndromo em latim: "ESOPE RESTE ICIET SE REPOSE" .(Petit Larousse )

FONTE : www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A FILOSOFIA DE HAMLET...



As idéias filosóficas emHamlet talvez possuam conexões com alguns conceitos do francêsMontaigne, contemporâneo de Shakespeare.
Hamlet é frequentemente encarado como um personagem filosófico, que expôs idéias agora conhecidas como relativistas,existencialistas e céticas. Por exemplo, ele expressa uma idéia relativista quando se dirige para Rosencrantz e diz: "nada é bom ou mau, a não ser por força do pensamento".[80] A idéia de que nada é mau, exceto na mente do indivíduo, encontra suas raízes nos gregos sofistas, crentes de que, uma vez que nada pode ser percebido exceto através dos sentidos – e uma vez que todas as pessoas sentem e, portanto, percebem as coisas de maneira diferentemente entre si – não há verdade absoluta, apenas a verdade relativa sobre as coisas.[81] O exemplo mais claro do existencialismo, contudo, só está por vir, no célebre e famoso monólogo da tragédia:
"Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor [...]"[82]
Os críticos acreditam que Hamlet usa "ser" para aludir à vida e à ação, e "não ser" aludindo para a morte e a inércia.[83][84] Com a palavra "consumação", os críticos acreditam que Shakespeare cita o francês Michel de MontaigneIf it be a consummation of ones being, it is also an amendemente and entrance into a long and quiet life. Wee finge nothing so sweete in life, as a quiet rest and gentle sleep, and without dreams.[85] Sendo consummation, no original, anéantissement, isto é, aniquilação, o verso shakespeariano faz alusão a conclusão, a um final que é um atingimento, uma coroação.[86] Na língua portuguesaconsumar também cumpre o sentido de "tudo está consumado" (concluído) ou "consumou-se o intento" (realizou-se, cumpriu-se).[86]
Os estudiosos acreditam que Hamlet reflete o ceticismo contemporâneo prevalecido durante o Humanismo Renascentista.[87] Anteriormente à época de Shakespeare, os humanistas argumentaram que o homem era a maior criação de Deus, feito à imagem divina, e capaz de escolher sua própria natureza, mas essa tese foi contestada notavelmente em Ensaios (1950), de Montaigne. A frase "Que obra de arte é um homem",[88] que vem de Hamlet, ecoa muitas idéias de Montaigne, mas os estudiosos discordam se Shakespeare realmente citou o ensaísta daFrança ou se isso não passa de coincidência, onde ambos reagiram semelhantemente diante do espírito da época.[89]