sábado, 18 de janeiro de 2014
A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA ESTÓICA NA MAÇONARIA
O fato de a maçonaria ser considerada uma escola iniciática e filosófica, e apresentar-se de certa maneira envolta em uma áurea espiritual, pode sem duvida confundir alguns recém iniciados. Pois um iniciado que não esteja preparado para receber toda a carga de ensinamentos filosóficos pode facilmente se confundir, pois é pouco provável que conclua que o objectivo principal e final da ordem seja a obtenção da virtude pessoal através de sua doutrina filosófica. Isso, imagina ele, é do foro da religião, não da maçonaria com sua “filosofia”. Para diluirmos essas duvidas precisamos regressar no tempo e compreender qual era o papel que a filosofia ocupava na antiguidade. Na Antiguidade Clássica das grandes Civilizações desenvolvidas as coisas eram diferentes. A moralidade, a vida sã, as relações do homem com os deuses — tudo isto era do foro do filósofo e não do sacerdote. A religião romana, no tempo do Império, não tinha nada a ver com os problemas morais. A sua função era simplesmente a da execução dos rituais que assegurassem a proteção dos deuses por parte do Estado, ou evitassem os efeitos do seu descontentamento. Era um sistema formal de cerimonias públicas realizadas por funcionários do Estado, e não dava resposta às dúvidas e dificuldades da alma humana. Contudo, então, como agora, o homem sentia-se perplexo perante as grandes questões que são preocupação de todos nós. Qual é a composição deste universo que nos rodeia, e como é que ele apareceu? Teria sido fruto de um acaso cego, ou da sábia Providência? Se os deuses existem, será que eles se interessam pelas coisas dos mortais? Qual é a natureza do homem, e qual o seu dever aqui, e o seu destino no além-túmulo? Não eram os sacerdotes, mas os filósofos, que se reclamavam da competência para dar resposta a estas questões. É verdade que as suas respostas não eram unânimes; havia sistemas filosóficos rivais, e cada um oferecia a sua própria solução (como, aliás, as diferentes religiões do mundo ainda fazem hoje); mas todos concordavam que só à filosofia pertencia o direito exclusivo de se pronunciar com autoridade nos campos da metafísica, da teologia e da ética. Ela era considerada competente para explicar a história da criação, definir os poderes invisíveis por detrás da ordem do mundo, interpretar a natureza e o sentido da existência humana, prescrever as regras para uma vida sã, e revelar o futuro além-túmulo. Assim, a filosofia ocupava o lugar que, nos nossos dias, é ocupado pela religião, como instrutora e guia das almas em cada estágio das suas peregrinações terrenas. Esta pretensão justifica-se especialmente no caso do Estoicismo, que era marcado por um caráter mais religioso do que qualquer outro sistema da Antiguidade. Citando a observação do historiador irlandês Lecky que observou, “O Estoicismo tornou-se a religião das classes instruídas”. Pois ela fornecia os princípios da virtude, dava cor à mais nobre literatura da época, e guiava todos os desenvolvimentos do fervor moral. A Filosofia Estóica O Estoicismo, que era o sistema filosófico em que Imperador Romano Marco Aurélio acreditava, inclusive alguns autores o intitulam como o ultimo dos Estóicos, foi na sua origem, um produto do pensamento do Médio Oriente. Tinha sido fundado uns trezentos anos antes de Cristo por Zenão, oriundo de Citium (hoje Larnaka) em Chipre, e recebeu o seu nome da “Stoa” ou colonata, em Atenas, que era uma espécie de pórtico onde ele costumava dissertar. O seu principal discípulo foi Cleanthes, que por sua vez foi continuado por Chrysipo; e os sucessivos trabalhos destes três homens, que depois foram venerados como os “pais fundadores“ do Estoicismo, resultaram na formação de um esquema de doutrina que abarcava “todas as coisas divinas e humanas”. As três palavras-chave do credo de Zenão eram materialismo, monismo e mutação. Ou seja, ele considerava que tudo no universo mesmo o tempo, mesmo o pensamento tem uma qualquer espécie de substância corpórea (materialismo); que, em última análise, tudo se pode resumir a um simples princípio unificador (monismo); e que tudo está em perpétuo processo de mudança e a transformar-se em qualquer coisa diferente daquilo que antes era (mutação). Estes três dogmas foram os alicerces sobre os quais Zenão construiu toda a estrutura. A sua intransigente insistência nestes princípios levou-o por vezes a expor idéias perfeitamente indefensáveis; mas, nas mãos dos seus seguidores, as mais rígidas asserções do fundador foram modificadas e suavizadas de maneira a torná-las aceitáveis para os pensadores de espírito mais realista. Resumindo, podemos considerar que os estóicos foram os primeiros a terem um conceito de humanidade semelhante ao da Maçonaria, pois em seu modo de interpretar a vida consideravam as pessoas como parte de uma mesma razão universal e isto levou à idéia de um direito universalmente válido, inclusive para os escravos. Os Estóicos eram monistas (negavam a oposição entre espírito e matéria) e cosmopolitas. Eles interessavam-se pela convivência em sociedade, por política e acreditavam que os processos naturais (morte, por exemplo) eram regidos pelas leis da natureza e por isso o homem deveria aceitar deu destino. Alem do imperador romano Marco Aurélio, o filósofo e político Cícero e Sêneca foram alguns dos grandes nomes que seguiram o estoicismo. Quando o Estoicismo passou do Oriente para o Ocidente e foi introduzido no mundo romano, assumiu um aspecto diferente. Foram os elementos morais dos ensinamentos de Zenão que aqui despertaram mais atenção, e o seu valor prático foi prontamente apreciado. Um código que era humano, racional e moderado, um código que insistia num procedimento justo e virtuoso, na autodisciplina, numa força moral inabalável e numa completa libertação das tempestades da paixão adequava-se admiravelmente ao caráter romano. E conseqüentemente a reputação e influência do Estoicismo aumentou invariavelmente ao longo dos séculos que assistiram ao declínio da república e ao nascimento do principado; e por altura da ascensão de Marco Aurélio ao trono, tinha já atingido o ponto mais alto da sua supremacia. As suas concepções e a sua terminologia eram agora familiares aos homens e mulheres instruídos de todas as cidades importantes do Império os Estóicos definiam a filosofia como “luta pela sabedoria”; e “sabedoria“, por sua vez, era definida como “conhecimento das coisas divinas e humanas”. Dividiam este conhecimento em três ramos: a Lógica, a Física e a Ética. Uma vez que o primeiro requisito para a procura da verdade é um pensamento claro e rigoroso, que, por sua vez, depende de um uso preciso das palavras e um vocabulário de termos técnicos, o estudo inicial era a Lógica. Depois vinha a investigação dos fenômenos naturais e das leis da natureza. E esta estendia-se até à interpretação metafísica do universo; pois, no esquema estóico, a Física incluía o estudo completo do Ser na sua tripla manifestação: o próprio homem, o universo criado à sua volta, e Deus. Por fim, colocado no lugar mais elevado e importante do sistema, vinha a Ética. Pois a verdadeira função da filosofia, o ponto para o qual convergiam todas as questões e ao qual estavam subordinados todos os ramos do conhecimento, era a própria conduta do homem, definida numa palavra, “virtude“. Devamos comparar a filosofia a uma criatura vivente; os ossos correspondem à Lógica, a carne à Ética, e a alma à Física. Bem semelhante a busca que fazemos ao nos iniciarmos nesta Sublime Ordem, pois em nossas sessões procuramos cavar masmorras aos vícios e erguemos templos à virtudre. Os três ramos de estudo do Estoicismo A Lógica Lógica No seu sistema, o conhecimento começa com impressões, que são produzidas pelo impacto das coisas ou qualidades sobre os sentidos. Depois fica para o poder da razão o julgamento daquilo que os sentidos reportam: aceitá-lo como representação verdadeira da realidade objetiva, ou rejeitá-lo como falso. Algumas impressões, como é evidente, desencadeiam uma aceitação imediata e espontânea como, por exemplo, a noção elementar de que o bem é benéfico e o mal prejudicial mas noutros casos a aceitação só vem depois de ponderada reflexão; e pode variar entre uma aprovação hesitante, tão fraca e vacilante que apenas constitui uma mera “opinião”, e uma certeza categórica que só é produzida por uma chamada “impressão arrebatadora”. Contudo, mesmo uma impressão deste tipo pode ser, de facto, imperfeita ou enganadora; e conseqüentemente a sua aceitação, por muito segura que seja, pode ser errónea. Deve, portanto, ser, em seguida, submetida ao escrutínio da razão, único poder soberano que pode emitir o passaporte para a convicção. Por fim, esta convicção pessoal tem de ser verificada por comparação com a experiência dos tempos e sabedorias passadas, e confirmada pelo veredito geral da humanidade; e torna-se então conhecimento. Ao explicar estes quatro estágios, Zenão costumava ilustrar as impressões com os dedos da mão estendidos, a aceitação com a mão fechada, a convicção com o punho cerrado, e o conhecimento com o punho firmemente agarrado pela outra mão. A Física Os físicos estóicos ensinavam que a fonte original do Ser em todas as suas formas é uma certa substância omnipresente em todo o universo, que pode ser mais bem descrita como Espírito. Contudo, como eles eram materialistas consumados, consideravam este Espírito como consistindo de uma matéria real e concreta, embora de uma espécie o mais fina e imperceptível que se possa imaginar. Numa analogia com o mais subtil e vivo dos elementos conhecidos, e que também alimenta a vida e o crescimento, conceberam a sua natureza essencial como a do Fogo; mas um fogo tão rarefeito e etéreo que a palavra “calor” talvez esteja mais próxima para a descrever do que qualquer coisa que possa sugerir uma idéia de chama real. Este Espírito-Fogo, que possuía consciência, objectivo e vontade, era simultaneamente o criador e a matéria do universo; tomava forma em inúmeras manifestações diferentes, dando assim às coisas a sua substância e forma, e produzindo a partir de si próprio o mundo visível e tudo o que dentro dele se encontra. De acordo com os variados contextos em que reflete sobre isto, os principais disseminadores do sistema estóico dão-lhe muitos nomes: quando falam da sua ação sobre o universo como um todo, pode chamar-lhe Deus, Zeus, Natureza, Providência, Destino, Necessidade, ou Lei; como um dos elementos materiais da natureza, é Fogo, ou Ar, ou Força; em relação à constituição do próprio homem, torna-se Alma, Razão, Espírito, Sopro, ou (na linguagem técnica da psicologia Estóica) “a Faculdade-Mestra”. É importante lembrar que todas estas palavras são meros termos para designar o mesmo Espírito-Fogo criador nos seus variados aspectos. O Estoicismo era, portanto, um credo panteísta: isto é, considerava que Deus está em toda a criação, mas não tem existência fora dela. E como tal, está em direta oposição aos ensinamentos rivais do Epicurismo. Epicuro, ao desenvolver as idéias de Demócrito, defendia que os únicos constituintes do universo são átomos e espaço vazio. A Ética ÉticaOs Estóicos ensinavam que o fim principal do homem, e o seu mais elevado bem, é a felicidade. Na sua visão, a felicidade era alcançada “vivendo de acordo com a Natureza”. Esta famosa frase é muito facilmente mal interpretada pelo homem contemporâneo. Não significa viver uma vida simples, ou a vida do homem natural; e muito menos viver da maneira que muito bem queremos. Para apreender o seu significado, temos de nos lembrar que a “Natureza” é uma das designações dos Estóicos para o fogo divino que, além de criar todas as coisas, também as molda para os seus próprios fins. Assim, ela incarna a idéia que hoje nós exprimimos pela palavra “evolução”. Ela era a força que guiava e dirigia todos os tipos de crescimento ou desenvolvimento em direção à perfeição final, como buscamos na maçonaria; e porque ela era também uma força viva, intencional e inteligente, os próprios Estóicos também, por vezes, lhe chamavam Deus. “Viver de acordo com a Natureza”, portanto, não era uma máxima muito diferente da obrigação do Novo Testamento “Sede vós os seguidores de Deus”, e implicava um ideal igualmente sublime e uma disciplina igualmente espinhosa. Se quisermos uma definição mais precisa desta “Vida Natural”, os pensadores estóicos diziam que ela consiste, para cada criatura, numa estrita conformidade com o princípio essencial da constituição dessa mesma criatura. No caso do homem, este princípio essencial é a sua razão, que é parte da Razão universal. Desde que, portanto, ele siga esta lei racional do seu ser, aproxima-se da felicidade; se se afasta dela, não a alcançará. A Vida Natural é, de facto, a vida controlada pela razão; e tal vida é descrita, em resumo, como “virtude”. É o significado de virtude que explica o dogma estóico que diz que “a virtude é o único bem, e a felicidade consiste exclusivamente na virtude”. A razão diz-nos claramente que algumas coisas estão no nosso poder e outras não. Por exemplo, a saúde física, a riqueza, os amigos, a morte, e outras deste tipo, estão fora do nosso controle; portanto, não podem ser nem ajudas nem obstáculos à Vida Natural. São “coisas neutras”. Mas a nossa própria vontade, os nossos juízos, o nosso poder de aceitar o que é moralmente correto ou rejeitar ao contrário tudo isto está no nosso próprio poder. Daí que nada exterior a nós nos pode, por si só, afetar; só quando interiormente o aceitamos ou recusamos é que ele nos pode beneficiar ou prejudicar. O prazer, em si próprio, não é um bem, nem a dor, por si só, um mal; tornam-se uma ou outra coisa quando nós assim as julgamos. É este o significado da insistência de Marco Aurélio em que “a opinião é tudo”. E também explica a presteza do sábio, que tantas vezes encontramos realçada nos seus ensinamentos, em “aceitar sem ressentimento tudo que lhe possa acontecer”; um preceito que é claramente um dos esteios da sua vida pessoal. É este o princípio que está por detrás da famosa “apatia”, ou “impassividade”, do sábio estóico ideal. Este, como ensinavam os filósofos, experimentará todas as sensações e emoções que são comuns ao homem, mas, porque se recusa a vê-las como males, não será afectado por elas. Considerando-as como coisas exteriores e portanto neutras, ele fica seguro e incólume. Conseqüentemente, como os Estóicos afirmavam (para grande divertimento do poeta Epicurista Horácio), só o sábio é verdadeiro rei, rico, apesar da sua pobreza, feliz, apesar do seu sofrimento físico, livre, mesmo se escravo, sereno e auto-suficiente em todas as vicissitudes. Se as circunstâncias alguma vez se mostrarem excessivas para este desprendimento, ele não hesitará em deixar voluntariamente a vida; porque a vida, simplesmente, está também entre as coisas que são neutras. Tanto Zenão como Cleanthes morreram pelas próprias mãos, pois, em certas condições, fica melhor ao filósofo deixar a vida do que permanecer nela. Tão inequívoco como o dever do homem para consigo próprio, é o seu dever para com os outros. Uma vez que todos os homens são manifestações do Espírito-Fogo uno e criador, a doutrina da fraternidade universal tinha um papel primordial no sistema estóico. O instinto racional e social é uma coisa inerente à constituição do homem. A bondade para com o seu semelhante é pois sua obrigação de todos os tempos; tem de aprender a ser tolerante para com as suas faltas, descontar a sua ignorância, perdoar os seus erros e ajudá-lo nas suas necessidades. Os estóicos entendiam o axioma de que todo o universo é uma sociedade organizada; uma comunidade cívica na qual o divino e o humano residem juntos numa cidadania comum. “O mundo é como se fosse uma só cidade”. REFLEXÃO “Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é”. A.´.R.´.L.´.M.´. Francisco Cândido Xavier, 153 Gilson Arcanjo Reis Vanzan M.´.M.´.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
O DESPERTAR PARA A VIDA MAÇÔNICA
É vedado ao Maçom escrever, gravar, traçar ou imprimir informações que comprometam a essência filosófica da Ordem.
Obviamente, não defendemos que o indivíduo apregoe aos quatro ventos a condição de pertencer à Maçonaria e, sim, que ele se orgulhe de defender essa condição, desmistificando tabus que ainda pairam sobre nossa Sublime Instituição.
Deus é o ser infinito, o homem o ser finito; Deus é perfeito, o homem imperfeito; Deus é eterno, o homem temporal; Deus é onipotente, o homem impotente; Deus é santo, o homem pecador.
A crença na existência de uma força superior é o que se exige de todo o homem antes de ser admitido na Ordem, porém, ele deve ter e professar uma religião, seja qual for antes de sua Iniciação.
A Maçonaria, sob o ensino moral, pode abrigar todo os cultos, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Pioneira na tentativa de se formar uma Irmandade ecumênica de pessoas de todas as religiões.
Essa disposição à convivência e diálogo com outras confissões religiosas, sempre foi o aspecto mais perturbador para os líderes das religiões tradicionais.
Quando falamos de religião, na filosofia moderna ocidental, evidentemente nos referimos, quase sempre, ao cristianismo. Constatamos, nos tempos modernos, muitas e diferentes concepções de religião, algumas contraditórias, outras semelhantes. Nesta diversidade é difícil encontrar uma concepção comum, pois muitas vezes os diferentes pontos de vista são incompatíveis entre si. Sendo o homem o começo, o centro, o homem é o fim da religião. A religião funda-se na diferença essencial entre homem e animal, pois os animais não têm religião. Entretanto o essencial do homem é a consciência. Para afirmar o homem, não é preciso negar a Deus, pois, na verdade, é impossível ser amigo de Deus sem sê-lo dos homens. Criticam-se as religiões que não dão a devida importância à vida presente, pondo toda a esperança de libertação no céu. Por isso o homem religioso não se compromete com a mudança e transformação, com a injustiça, o sofrimento e a miséria deste mundo. A religião pode nos levar a aceitar todas essas coisas resignadamente sem lutar contra elas, projetando nossa felicidade no outro mundo. Permanece, porém, a esperança no futuro, na justiça e não na injustiça, na verdade e não na mentira, libertando-nos da angústia e enchendo-nos de coragem.
Quando a vida celestial é uma verdade, é a vida terrena uma mentira, quando a fantasia é tudo, a realidade não é nada. Quem crê numa vida celestial eterna, para ele esta vida perde o seu valor. Ou antes, já perdeu o seu valor: a crença na vida celestial é exatamente a crença na nulidade e imprestabilidade desta vida. Na verdade, contudo, nada indica o fim da fé em Deus e da religião.
Enfim, se é difícil crer em Deus, mais difícil, porém, é viver sem ELE. Por enquanto busquemos a felicidade aqui mesmo, neste “vale de lágrimas”, acima dos preconceitos, das exclusões, das tradições religiosas.
A Maçonaria é uma comunhão de homens livres e de bons costumes, escolhidos entre aqueles que, a par de boas referências, tenham instrução suficiente para compreender e praticar os ensinamentos maçônicos e seus métodos de MORAL em movimento velados por símbolos e alegorias tradicionais. É uma escola de aperfeiçoamento pessoal e social, disseminada em Lojas pelo mundo. Pratica a fraternidade, o amor ao próximo, constitui um modelo de Paz Universal, Justiça e Igualdade. O reino da Tolerância, no sentido de respeito a todas as crenças fundadas em Códigos de Moral ou em idéias pacíficas que visem à Felicidade Geral da Humanidade, à Fraternidade Universal. É o sustentáculo dos deveres para com a Pátria, a Família e a Sociedade.
É uma comunhão de indivíduos civilmente capazes e de exemplar comportamento, de qualquer raça, nacionalidade, credo religioso e de condição social. É uma união de homens de boa vontade, capazes de compreender que em todas as crenças há idéias comuns que podem constituir o cimento da Fraternidade Universal. É o corredor iluminado de todas as Filosofias. Investiga a Verdade e o desenvolvimento das Ciências e das Artes. Prima pela Harmonia, não permite discussões de caráter político-partidário ou de religião ou filosofia sectária de idéias que possam ferir os ditames de consciência de cada associado. E ainda que exija do candidato à Iniciação e dos próprios Maçons que tenham consciência, e não a simples crença aleatória, de existir um princípio criador, Deus, Construtor dos Mundos, o Grande ou Supremo Arquiteto do Universo, ou qualquer outro nome que a humanidade concedeu ao Grande Geômetra – Aquele que É, Foi e Será.
O Maçom faz jus a denominação de FILHO DA LUZ. Os verdadeiros segredos da Maçonaria são aqueles que não se dizem ao adepto e que ele deve aprender a conhecer pouco a pouco soletrando os símbolos. Cabe ao neófito descobrir o segredo. Dentro da noite das nossas consciências, há uma centelha que nos basta atiçar para transformá-la em luz esplêndida. A busca desta Luz é a Iniciação.
É comum no meio maçônico dizer que determinada pessoa sempre fora Maçom, mesmo antes de ter-se Iniciado. Isto porque tal indivíduo é detentor de qualidades e virtudes características de um verdadeiro Maçom. Se dele advém boas coisas, atitudes corretas, gestos edificantes, ele é como uma boa árvore que produz bons frutos. Se for o contrário, se seu caráter for falho, por mais que tente mascarar sua personalidade, não conseguirá: é uma árvore ruim, que produz frutos ruins. O que a pessoa é na realidade paira sobre sua cabeça, e brada tão alto que é impossível ouvir sua voz dizendo o contrário numa vã tentativa de ludibriar os outros.
Ao analisarmos o que se pratica habitualmente em Maçonaria encontramos vestígios da Igualdade permeando todo o tecido orgânico maçônico, sob o amparo da Tolerância. Começando pelo tratamento fraterno – todos os Maçons são Irmãos – qualificação que confere aspecto importante da Igualdade maçônica, a IGUALDADE FRATERNAL, na qual expressamente, o Maçom, já na sua Iniciação, afirma o direito de proteger o Irmão em qualquer circunstância. Independentemente de seu grau maçônico e de sua condição de vida profana, trazendo consigo, por extensão, o conceito para seus familiares.
Tratar alguém de Irmão é tratar de igual para igual, é querer para ele o mesmo que desejamos para nós, mas é necessário que essa palavra “Irmão” saia do coração e seja real, sincera e fraterna.
Maçons se reconhecem como Irmãos quando no íntimo de seus corações sentem cair as barreiras ilusórias que dividem os homens e assim a Maçonaria terá efetivamente difundido sua Luz sobre a terra.
Existe a possibilidade de um dia, todos os homens se entenderem e encontrarem o caminho da verdadeira igualdade?
Sim. Segundo Jesus de Nazareth: “quando procurarem em primeiro lugar a Justiça e o resto vos será dado em abundância”. Quando pediram a Aristóteles um código moral por onde pautar a vida, ele disse: “Não posso dar-lhe um código; observe os homens melhores e mais sábios que você encontrar e imite-os”!
É gratificante pertencermos a uma Ordem que visa disseminar entre os povos algo da luz que ilumina o mundo. Cabe-nos empreender a missão de disseminar algo das leis do pensamento iluminador aos irmãos sedentos de luz e entendimento.
Afinal, quando descemos ao túmulo, porque é nele que o Rei depõe o seu Cetro, o Pontífice, a sua Tiara, o Rico, a sua opulência, o Pobre, a sua miséria, o Maçom, o seu Avental.
A Morte nos despoja de nossas honras, de nossa fortuna, de nossa glória, de nosso esplendor, de nossa grandeza. Não pode, porém, destruir nossa influência sobre o Bem e sobre o Mal, porque os efeitos e as consequências de nossos atos e de nossas palavras são eternos.
Na Maçonaria, o Obreiro recebe os mais sagrados ensinamentos filosóficos para a prática da virtude, devendo o homem ser livre em seus pensamentos e ações, para exteriorizar o que realmente tem em seu coração, porém tudo de bom ou de mal que colher será produto de sua semeadura, por isso a felicidade está ao alcance de todos. Escolha o caminho certo...
Valdemar Sansão – M.’. M.’.
A.'.R.'.L.'.S.'. Arnaldo Alexandre Pereira - GLESP
Or.'. São Paulo - SP
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
O ANALFABETISMO MAÇÔNICO...
O analfabetismo de ontem era o iletrado, não conhecedor do alfabeto, hoje analfabeto é aquele indivíduo que mesmo sabendo ler não consegue interpretar um texto, ou seja, não entende o que leu. Isso ressalta no Brasil uma marca de aproximadamente 30 milhões de analfabetos.
O desígnio da Maçonaria é, em suma, o de tornar o homem maçom mais sábio e melhor, e consequentemente, mais feliz.A sabedoria é inútil a menos que se ponha em prática. Se você não estiver disposto a vivenciar a maçonaria, não procure conhecer os seus grandes mistérios. Esse conhecimento traz em si a responsabilidade do uso e da obediência: é impossível esquivar-se dessa responsabilidade.
Deveríamos, e poucos IIr.’. procuram, estudar, entender, compreender e interpretar melhor o significado real de algumas passagens dos textos primitivos da Maçonaria, anterior à instrução da primeira Grande Loja de Londres e a Constituição de Anderson.v
Dentro da instituição Maçônica, existem diversos segmentos a serem seguidos, tais como: a ação política maçônica; defesa dos interesses da comunidade; avaliação internamente dos problemas estruturais da sociedade, etc. Mas é de fundamental importância, procurarmos ler e interpretar nossos rituais bem como nosso riquíssimo simbolismo.
O maçom, dentro do seu campo de atuação, pode-se assim concluir, que ele está certo, mas há de nos conscientizarmos, ou seja, existem IIr.’. que, apesar da capacidade de ler, maçonicamente não possuem capacidade de interpretar ou entender o que foi lido.
A interpretação da nossa simbologia, que além de importante, é de inteira responsabilidade individual de cada um de nós; e é no processo dessa interpretação pessoal que se pode entender a sobrevivência da nossa Ordem Maçônica como um “mistério”.
Para que possamos, com o secreto que se reserva entre nós, o de conhecermos entre si em qualquer parte do mundo e a forma de interpretar símbolos e seus ensinamentos. Isso só se torna conhecimento desde quando fomos iniciados.
Na nossa instituição maçônica, ouvimos e falamos muito em filantropia, mas a verdadeira filantropia deve estender-se a todos os homens, indistintamente. Filantropia verdadeira é ajudar o semelhante a emergir de sua pobreza material, de seu analfabetismo, de sua ignorância, devolvendo-lhe o amor próprio e a responsabilidade social.
No seio da nossa instituição, por meio dos nossos ensinamentos e do próprio simbolismo, a sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabalho e do esforço, que não pode ser adquirida se não pelo seu igual valor em sacrifício. Cada vez que você progride ao olhar para trás, perceberá ter passado pelo altar dos sacrifícios, algo que representa o trabalho de suas mãos e de seu coração, simbolizando que, por meio do trabalho, retribuirá aos seus IIr.’. e à humanidade os benefícios que recebeu gratuitamente.
Respeitando-se integralmente os Landmarks e os 33 mandamentos da Maçonaria e, considerando as faixas de ação da política maçônica, concluímos que devemos nos empenhar, como IIr.’. e instituição (Lojas), em defesa dos interesses maiores da comunidade. Isso significa fazermos política comunitária; discutir e avaliar internamente os problemas estruturais da sociedade em que vivemos, ajudar a encontrar soluções e colaborar em suas implementações. Acredito, e boa massa de IIr.’. também acreditam, que neste Brasil afora muitas Lojas vêm fazendo exatamente isso, seja nas áreas educacional, de assistência social, de saúde pública, de ecologia e tantas outras.
Para finalizar, é importante repassar e dizer que, talvez porventura, no século XVIII se justificasse o analfabetismo nos diversos segmentos. Então imperava o analfabetismo, muitas das ciências davam os primeiros passos, o Iluminismo era ainda recente… mas, nos dias atuais, que interesse e justificação têm pedir-se a homens cultos, muitos licenciados e doutorados que … estudam o homem e as ciências e as artes? Tudo isso são interrogações legítimas, preocupações compreensivas, hesitações evidentes. Mas por tudo isso é necessário passar, para se concluir a formação maçônica.
Ir.`.José Valdeci de Souza Martins
Artigo publicado na Revista Universo Maçonico
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
A MAÇONARIA, ONTEM E HOJE...
Meus IIr.’., permitam-me persuadi-los de que muito há de fazer se quisermos que a Maçonaria cumpra a sua missão. Não é suficiente receber três ou quatro dos graus e então, imaginando os demais, viver em indolência satisfeita, sem esforçar-se para conhecer a ciência e a filosofia da Ordem.
É chegada a hora em que aqueles que desejam verdadeiramente ser Maçom do Rito Escocês, devem estudar e refletir. Envidaremos os melhores esforços para penetrar no coração da Maçonaria e a desvendar seus profundos segredos, aquela luz para a qual todos os Maçons no mínimo lutam para alcançar, aquele verdadeiro trabalho que é a remuneração do labor do Maçom.
Porém, se não tivermos sucesso meus IIr.’., não desencorajais nem desanimeis. A Maçonaria deve ser verdadeira em si ou por mais numerosos que sejamos, suas muralhas serão derrubadas por seu próprio peso. Neste terceiro milênio, a Maçonaria deve fazer valer sua dignidade e assumir sua posição de Instituição Intelectual e Filosófica, ou todas as suas fórmulas, cerimônias e títulos grandiloquentes não a salvarão da merecida desgraça e dissolução.
É tempo de elevar a Maçonaria a um patamar mais alto; e aqui, de todos os lugares, o esforço para alcança-lo deve ser feito. Aqui acredito que podemos começar a levar adiante com sucesso o trabalho indispensável de reforma que, com o passar do tempo, porão um fim ao reinado das estripulias e infantilidades, fazendo da nossa Loja aquilo que ela deve ser: a grande mestra das verdades morais e filosóficas; a defensora do direito da liberdade racional e consciente; a protetora dos oprimidos, a defensora da gente comum, a fiadora da dignidade do trabalho e dos direitos do trabalhador; a inimiga da intolerância, do fanatismo e das atitudes preconceituosas.
(estas palavras foram proferidas pelo General Confederado e Soberano Grande Comendador Ir.’. Albeto Pike no dia 29 de Abril de 1857, no Grande Consistório de Louisiania).
Este discurso é absolutamente atemporal. Poderia ser sido proferido hoje com toda a atualidade e, queira Deus, não precise ser proferida amanhã!...
Ir.’. Ramón Adriano Paiva
A.'.R.'.L.'.S.'. Obreiros do III Milênio nº 138
Or.'. de Porto Seguro - BA.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
MANIFESTO DA MAÇONARIA***
*DIVULGUE !*
*ESTA MENSAGEM DEVERIA SER DIVULGADA PARA TODOS OS BRASILEIROS,POIS É CLARA
E VERDADEIRA.*
*CARTA DA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES Nº 22*
*ORIENTE DE SÃO JOAQUIM - FILIADA AO GOSC*
*Vivemos um dos momentos mais difíceis de nossa história.*
*O povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que
alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância.*
*A tirania mudou sua face.*
*Já não encontramos os tiranos do passado que com sua brutalidade
aniquilavam as cabeças pensantes, cortando o pescoço.*
*Os tiranos de hoje saqueiam a Pátria e degolam as cabeças de outra forma.*
*A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis.*
*Encontramos mais viva do que nunca as palavras do Imperador Romano
Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse:*
*"DAI PÃO E CIRCO PARA O POVO".*
*Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos,*
*especialmente sob a influência da televisão,*
*que dá ao povo essa fartura de "pão" e de "circo".*
*Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções.*
*Agora vemos a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais
estádios de futebol,*
*Atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era o Coliseu, uma arena.*
*Enquanto isso os hospitais estão falidos, arruinados, caindo aos pedaços.*
*Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais;*
*já outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos*
*que se sentem impunes diante de um Estado inoperante, ineficiente e
absolutamente corrompido.*
*Saúde não existe, educação não há, segurança, muito menos.*
*Porém, a construção dos "circos" continua !*
*Mas o pão e o circo também vêm dos "Big Brothers" das "Fazendas",*
*das novelas que de tudo mostram, menos verdadeiros valores e virtudes
pessoais.*
*Quanto mais circo, mais pão ao povo.*
*E o mais triste é que o povo, mantido na ignorância, é disso que mais
gosta.*
*Nas tardes, manhãs e noites, não faltam essas opções de "lazer".*
*O Coliseu está entre nós.*
*O circo está entre nós.*
*Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo, mantendo o povo
dependente do esquema,*
*subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar melhores condições
de vida com base em suas qualidades, em seus méritos, em suas virtudes.*
*Agora, o circo se arma em torno do absurdo que se coloca à população de
que o problema de saúde é culpa dos médicos.*
*Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento o fato de que o
problema de saúde no Brasil é estrutural, pois o cidadão peregrina sem
encontrar um lugar digno, nem mesmo para morrer.*
*Então, absurdamente, em desrespeito aos filhos da Pátria, são capazes de
abrir as portas para profissionais estrangeiros, alguns poucos não cubanos.*
*Os tiranos têm a audácia de repassar R$ 40.000.000,00 mensais que são
sangrados dos cofres públicos para sustentar um outro governo falido e
também tirano, o cubano; um dinheiro sem controle e sem fiscalização.*
*Os pobres profissionais que de lá vêm, não têm culpa.*
*É um povo sem liberdade, sem direito de expressão, escravo da tirania.*
*Esses médicos recebem migalhas daquele governo.*
*Mal conseguem sustentar a si e a seus familiares.*
*Os R$ 40.000.000,00 que serão mensalmente enviados para Cuba solucionariam*
*o problema de inúmeros pequenos hospitais pelo interior deste País.*
*Mas não é a isto que ele servirá.*
*Nós estamos a financiar um trabalho explorado, escravizado,*
*de profissionais que não têm asseguradas as mínimas condições de dignidade
de pessoa humana, porque simplesmente não são homens livres.*
*E nós, brasileiros, devemos nos envergonhar de tudo isto,*
*porque estamos sendo responsáveis e coniventes por sustentar todo esse
esquema, todos esses vícios, comportando-nos de maneira absolutamente
inerte.*
*Esses governantes,*
*que tanto criticam o trabalho escravo,*
*também não esclarecem à população o fato de um médico brasileiro receber o
mísero valor de R$ 2,00 por uma consulta pelo SUS.*
*Do valor global anual que recebem, ainda é descontado o Imposto de Renda,*
*através de uma escorchante tributação sobre o serviço prestado,*
*que pode chegar ao percentual de 27,5%.*
*Em atitude oposta, remuneram aqueles que não são filhos da Pátria,*
*os estrangeiros, com o valor de R$ 10.000,00 mensais por profissional,*
*cabos eleitorais desses governantes.*
*Profissionais da saúde no Brasil, servidores públicos de carreira, à beira
da aposentadoria, com dedicação de uma vida inteira, receberão quando da
aposentadoria metade do valor pago ao estrangeiro.*
*Não podemos aceitar a armação desse circo, em cujo picadeiro o povo
brasileiro é o palhaço !*
*A Maçonaria foi a grande responsável por movimentos históricos e por
gritos de liberdade em defesa da dignidade do homem.*
*Foi por Maçons que se deu o grito de Independência do Brasil, da
Proclamação da República, da Abolição da Escravatura.*
*Foi por Maçons que se deu o brado da Revolução Farroupilha.*
*E o que está fazendo a Maçonaria de hoje ao ver o circo armado,com a
distribuição de um pão arruinado pelo vício que sustenta essa miséria
intelectual ?*
*Não podemos ficar calados e inertes !*
*A Maçonaria, guardiã da liberdade, da igualdade e da fraternidade, valores
que devem imperar entre todos os povos, precisa reagir, precisa revitalizar
seu grito, seu brado para a libertação do povo.*
*Esse é o nosso dever, pois do contrário não passaremos de semente estéril,
jogada na terra apenas para apodrecer e não para germinar.*
*A Loja Maçônica Acácia das Neves incita a todos os Irmaos: para que
desencadeemos um movimento*
*de mudança, de inconformismo, fazendo ecoar de forma organizada, a todas *
*as Lojas e os Maçons desta Pátria, o nosso dever de cumprir e fazer
cumprir a nossa missão de levantar Templos à virtude e de*
*cavar masmorras aos vícios !*
*De: GOSC [mailto:portal@gosc.org.br
] *
*Enviada em: sexta-feira, 20 de setembro de 2013 11:46 Assunto: CARTA DA
LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES Nº 22Prioridade: Alta*
*Caros Irmãos, *
*Concordando com as palavras desta manifestação da Loja Acácia das Neves de
São Joaquim,*
*recomendamos a leitura e a divulgação entre os Irmãos e principalmente
entre nossos contatos no mundo profano. *
*Fraternalmente, Alaor Francisco Tissot Grão-Mestre - GOSC*
*"Embora ninguem possa voltar atrás e fazer um novo começo,qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier*
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Antivírus está ativa.
HUMBERTO FAILLACE
*Se você pode imaginar, pode alcançar. Se você pode sonhar, pode realizar.
Se você tem um sonho, você tem tudo. Se você tem tudo, mas não tem um
sonho, então tudo não quer dizer nada.*
sábado, 4 de janeiro de 2014
HERMES TRIMEGISTO E A FILOSOFIA HERMÉTICA...
OS PRINCÍPIOS HERMÉTICOS
Nenhum fragmento dos conhecimentos ocultos possuídos pelo mundo foi tão zelosamente guardado como os fragmentos dos Preceitos herméticos que chegaram até nós através dos séculos passados, desde o tempo do seu grande estabelecedor,Hermes Trismegisto, o mensageiro dos deuses, que viveu no antigo Egito quando a atual raça humana estava em sua infância. Contemporâneo de Abraão, e se for verdadeira a lenda, instrutor deste venerável sábio, Hermes foi e é o Grande Sol Central do Ocultismo, cujos raios têm iluminado todos os ensinamentos que foram publicados desde o seu tempo. Todos os preceitos fundamentais e básicos introduzidos nos ensinos esotéricos de cada raça foram formulados por Hermes. Mesmo os mais antigos preceitos da Índia tiveram indubitavelmente a sua fonte nos Preceitos herméticos originais.
Hermes Trimegisto, o Três Vezes Grande, era considerado pelos Egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os ensinamentos a este grande povo da antiguidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas Escolas da Sabedoria.
A medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, as matemáticas, a música, a arquitetura, a ciência política, tudo isso era ensinado em suas Escolas e em seus livros, que segundo os gregos somavam 42. Entre eles se encontra "O Livro dos Mortos" ou também chamado "O Livro da Saída da Luz".
A Ciência Hermética é baseada em seus ensinamentos e comprova com seus preceitos, que o Grande Hermes veio transmitir para a humanidade uma Sabedoria Divina, até hoje mal compreendida apesar de amplamente comprovada.
A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos incluídos no livro "O Caibalion" e parece destinada a plantar uma semente de Verdade no coração dos sábios, que perpetuam e transmitem os seus ensinamentos. Em todas as civilizações sempre existiram ouvidos atentos a estes ensinamentos. Como diz o próprioCaibalion:
Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre,
Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber
O seu Ensinamento, se abrirão completamente.
Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir,
Então vêm os lábios para enchê-los de sabedoria".
Porém o Caibalion nos ensina também que:
"Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento".
O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas.
A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Qabala, ou Qibul, ou Qibal, que significa tradição.
No antigo Egito foi estabelecida a maior das Lojas dos Místicos e pelas portas de seus Templos entraram os Neófitos que, mais tarde, como Hierofantes, Adeptos e Mestres, se espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que possuíam para ensiná-los àqueles que estivessem preparados para compreendê-lo.
Em nossos dias o termo ‘hermético’ significa secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, significando que os discípulos de Hermes sempre observavam o princípio do segredo nos seus preceitos. Os antigos instrutores pediam este segredo mas nunca desejaram que os preceitos não fossem transmitidos.
Não instituíram uma religião, de forma que estes princípios pudessem ser aproveitados por todas mas não pertencessem a nenhum credo. De fato, os ‘Princípios Herméticos’ são baseados nas Leis da Natureza, e como tais pertencem somente à Ordem Divina.
‘As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre à Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, foi propositalmente velada com termos de alquimia e astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem.’ (O Caibálion).
Os Sete Princípios em que se baseia a Filosofia Hermética são os seguintes:
1 – O princípio de Mentalismo
2 – O princípio de Correspondência
3 – O princípio de Vibração
4 – O princípio de Polaridade
5 – O princípio de Ritmo
6 – O princípio de Causa e Efeito
7 – O princípio de Gênero
O primeiro Princípio é o Principio do Mentalismo
"O TODO é MENTE; o Universo é Mental"
Tudo e todos que existem de visível ou oculto funcionam porque fazem parte de um todo. Tudo faz parte da criação de uma mente onipresente, tudo faz parte de um poder total.
Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, é Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita Universal.
"Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio", escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso Universo material.
Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio.
O segundo Princípio Hermético é o Princípio da Correspondência
"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima".
Assim como é em cima, é embaixo. Como é embaixo, assim é em cima. A característica de um corresponde, de certa forma, com a característica de outro, ou vice-versa.
A compreensão deste princípio nos ajuda a explicar todos os fenômenos da natureza e compreender a própria existência da vida. Os segredos da Natureza se tornam claros aos olhos do estudante que compreender este princípio chave, aplicado à manifestação universal e que explica os diversos planos do universo material, mental e espiritual.
Este é um dos mais importantes princípios e é aplicado na Astrologia e na Alquimia, verdadeiras Ciências de Iniciados, a primeira praticamente desprezada e a segunda quase esquecida. O Princípio da Correspondência habilita o homem inteligente a raciocinar do Conhecido ao Desconhecido ou vice-versa. "Estudando a Mônada, ele chega a conhecer o Arcanjo", diz o Caibalion.
O terceiro Princípio é o Princípio da Vibração
"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra"
Nada nesse mundo esta em repouso, tudo esta em constante movimento. Tudo tem a sua infinita vibração, embora algumas coisas pareçam estar em repouso, na verdade estão dentro de um Universo que não para de vibrar.
Este princípio nos explica que tudo, em nosso Universo, está em constante movimento, isto é, em constante evolução. Este princípio é facilmente compreensível pois a ciência moderna já o confirmou através de suas observações e descobertas.
Ele explica que as diferenças entre as diversas manifestações de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibração. "Desde O TODO, que é puro Espírito, até a forma mais grosseira de Matéria, tudo está em vibração. Quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada será a posição na escala". (O Caibalion).
Nas extremidades inferiores da escala estão as vibrações mais grosseiras da matéria, que parecem estar paradas. Ao elevarmos nosso espírito, nos campos de vibração mais sutis, entramos em sintonia com O TODO e com a Mente Superior, recebendo assim os benefícios dela emanados. Só os Mestres conseguem aplicar corretamente este Princípio de Vibração, conquistando assim os fenômenos da natureza. "Aquele que compreende o princípio de Vibração alcançou o Cetro do Poder", disse um antigo Mestre.
O quarto Princípio é o Princípio de Polaridade
"Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados"
Tudo tem o seu pólo oposto para o perfeito equilíbrio e funcionamento contínuo do ciclo do universo. Somente os lados opostos uns aos outros conseguem se unir, transformando-se em uma parte do conjunto do universo.
Este Princípio é bastante simples e ao mesmo tempo complexo, e contém o axioma hermético dos opostos, ou seja dos pólos que regem toda a vida manifestada tal como nós a conhecemos. O princípio de Polaridade explica, por exemplo, que Luz e Obscuridade são a mesma coisa, manifestada em variações e graus diferentes.
Explica também que o Amor e o Ódio são dois estados mentais em aparência totalmente diferentes mas em realidade iguais pois exprimem somente o mesmo sentimento em graus diferentes. E o melhor de tudo isto é que, no caso da mente, podemos modificar as coisas se dominarmos a nossa própria mente, mudando a sua vibração, através da Arte da Transmutação Mental.
Com o profundo conhecimento deste princípio o estudante poderá modificar a sua própria Polaridade, assim como a dos outros, transformando Ódio em Amor, Raiva em Perdão, Tristeza em Alegria.
O quinto Princípio Hermético é o Princípio de Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação"
As coisas estão sempre em constante movimento e esta lei explica o ritmo desses movimentos. É através da seqüência circula repetida de um mesmo movimento o caminho que se compõem o resultado da transformação.
Ao analisarmos este princípio temos que compreender que o Universo da forma como nós o conhecemos é influenciado por este constante fluxo e refluxo, por este movimento de atração e repulsão, que o torna tão complexo e ao mesmo tempo tão perfeito. Esta lei se manifesta em todas as coisas materiais e também nos estados mentais do Homem.
Os Hermetistas compreendem este Princípio, reconhecendo a sua aplicação universal e com os profundos estudos e com o domínio da mente, conseguem dominar os seus efeitos aplicando a Lei mental de Neutralização. Porém, o simples observar desta Lei em aplicação na Natureza nos ajuda a melhor enfrentar as vicissitudes da vida, acompanhando o seu fluxo e refluxo e tentando neutralizar a Oscilação Rítmica pendular que tenta nos arrastar para um ou para outro pólo.
O sexto Princípio Hermético é o Princípio de Causa e Efeito
"Toda a Causa tem seu Efeito, todo o Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei"
Nada no mundo acontece por acaso, tudo tem sua causa, e essa causa é o efeito de outra causa, e assim por diante, é uma cadeia circular infinita de causas e conseqüências.
Neste princípio existe a verdade de que há uma Causa para todo o Efeito e um Efeito para toda a Causa. E O Caibalion nos ensina também que nada acontece sem uma razão, mesmo se nós a desconhecemos, pois tudo é dominado pela Lei. Para nos elevarmos acima da Lei de Causa e Efeito é necessário muito estudo, muita meditação e a compreensão profunda de todos os Princípios Herméticos que fazem do Iniciado um Verdadeiro Mago.
As massas do povo são levadas para frente, seguindo os desejos e vontades dos outros, do coletivo onde as causas exteriores se tornam mais importantes do que a vontade própria. O verdadeiro Iniciado deve elevar-se acima da massa, exercitando a sua Vontade para poder exercer o seu Livre Arbítrio. Para escaparmos desta Lei, que nos ata às sucessivas re-encarnações, devemos antes de mais nada controlar nossa mente e nossos atos para superarmos a casualidade.
O sétimo Princípio é o Princípio do Gênero
"O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos"
Tudo e todos têm seu lado feminino e masculino. É assim que o Universo é formado. Masculino possui Feminino e vice-versa. O termo chinês yin-yang considera essa idéia a base para o equilíbrio, tanto em sua característica criativa como objetiva. O nosso anima (poder feminino) e o animus (poder masculino) devem estar sempre em harmonia.
Estudando este princípio, que nos lembra o princípio de Polaridade, percebemos que o gênero é manifestado em tudo e que o princípio feminino e masculino estão sempre presentes, seja no plano físico que no plano mental e espiritual. No plano físico este Princípio se manifesta como sexo, e nos planos superiores ele tem outras formas de manifestação, mas se mantém igual.
Assim, podemos dizer que todas as coisas manifestadas no gênero masculino possuem também um gênero feminino, e todas as coisas do gênero feminino contém também um gênero masculino. Compreendemos assim que não necessitamos da busca do outro princípio pois tudo está imanente em nós, manifestado na forma do gênero. A compreensão deste princípio nos leva à plenitude e à realização interior.
CONCLUSÃO
Estes Princípios Herméticos, são aplicados pelo Astrólogo, pelo Tarólogo, pelo Homeopata, pelo Terapeuta Floral, pelo Grafólogo, enfim, por todos aqueles que sabem que o Homem faz parte do TODO e como tal não pode estar se não intimamente ligado a este, através de suas Leis Universais.
Ao olharmos o Homem como um Todo harmônico, podemos compreender as razões que o levam à desarmonia, que se manifesta através das doenças físicas ou mentais, dos acidentes e infortúnios, e tentar ‘curá-lo’ proporcionando-lhe assim a chance de um crescimento no âmbito espiritual.
Sem estes Princípios, as ciências chamadas "alternativas" seriam meros exercícios de ‘curandeirismo’. No entanto, sob os Princípios das Leis Herméticas, tudo se torna claro e transparente às mentes mais esclarecidas.
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