Existe uma história muita sugestiva que nos fala sobre uma comunidade de “ ratos”. Diz-nos que, achando-se prejudicada com o poder constante e ameaçador de um”gato” sobre os seus domínios o Chefe convocou uma assembléia para resolver de uma vez por todas a questão.
Realizada a Assembléia, com calorosas discussões sobre o assunto, chegou-se à seguinte conclusão: um dos " ratos" presentes teria que ter a coragem de colocar um guizo no pescoço do "gato", pois somente com tal providência seriam informados da aproximação de tão inoportuno inimigo.
Como era de se esperar, o Presidente da Assembléia , com alto e bom som proclamou o resultado e lançou um repto: “Qual seria o “rato” que teria a coragem de colocar o guizo no pescoço do “gato”? Reinou um silêncio sepulcral na Assembléia! Um”Guabiru” antigo da comunidade e que já vivera situação semelhante em Legislaturas passadas, ponderou: vamos deixar prá lá e “fazer vistas grossas”; temos que “comer”o nosso naco; para que exista uma perfeita harmonia entre os Poderes não podemos invadir o território dele;até porque o ”gato” é poderoso e todos os “ratos”, de uma forma ou de outra, sentem-se presos por um “favorzinho” do “gato”. A saída do velho “Guabiru” foi providencial e todos aplaudiram.
De lá para cá, a submissa Assembléia emudeceu e a única função que vem desempenhando em favor da comunidade é aprovar nomes de rua.
Nota: Esta estória não se refere a nenhuma Assembléia em particular. Agora, qualquer semelhança com uma das Assembléias por esse Brasil afora é mera coincidência.
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