sábado, 18 de junho de 2011

CANTINHO POÉTICO-Consulta ao Dr. Ovídio Montenegro


Dotô,  mecê que é formado
E qui é esbagaçado
Na vida do coração!
-Me arreceite uma meizinha
Prá curá essa murrinha,
Essa dô, essa afrição.

A dô? Num é dô de morte,
Nem é forte...
É uma dô de arrumação,
Mais, quando a bicha aparece:
Os óio seca, arrefece!
Num drumo nem um tostão.

Fico rolando na rede,
Vejo sombras na parede
Andando qui nem visão...
Fumo mais que “Caipora”
Esperando a toda hora
O Estôro do coração.

O bicho pára, arremexe,
Dá ronco, qui inté parece
Zuada de avião,
Depois suspende a postura,
Fica naquela frescura
E eu fico na convusão.

...Eu já pensei no amô...
Pode me crer seu dotô:
Só sendo astuça do Cão,
-Também se fô, to pebado!
Num existe dotô formado,
Pra´curá má de paixão.
                              RENATO CALDAS(POETA ASSUENSE)



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