sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A FUNÇÂO MÍSTICA DA MÚSICA...


Historicamente muito se tem questionado sobre o papel da arte  na vida humana e nas sociedades.
Aceita-se hoje que uma das civilizações mais antigas foi a dos Sumérios, ocupando a região sul da Mesopotâmia na Ásia Central, há 6.000 anos aproximadamente. Povo adiantado, a música vocal para eles era mais importante que a instrumental. A principal característica da música desses  povos da Mesopotâmia, em particular os Assírios, era a Escola Pentatônica baseada em cinco sons.
Sabe-se pela narrativa histórica , que os hebreus por terem sido Nômades, não deixaram documentos que confirmassem seu  passado musical.  Os maiores indicadores desse passado são os Salmos e o Velho Testamento Bíblico, que nos transmitem o conhecimento musical do povo hebreu.  A música e a dança faziam parte das cerimônias religiosas e, acredita-se que os israelitas foram os primeiros a fabricar instrumentos de sopro com metais; encontraremos melhores esclarecimentos na Bíblia e no Torá.
Os egípcios também cultivaram a música sendo que qualquer pesquisa bibliográfica  comprovará a inter-relação cultural desses povos, que se influenciavam mutuamente. Os chineses e gregos, igualmente, como a velha Roma. O advento do Cristianismo mudou o rumo da história da Humanidade, iniciando-se exatamente aí uma grande mudança na música.
Antes a música era ritmada e alegre, mesmo nas cerimônias religiosas. Devido a fatores endógenos e exógenos a música cristã nasceu nostálgica, solene e depressiva. A parte instrumental foi sumariamente retirada, principalmente a percussão, e a música passou a ser eminentemente vocal, Cantos Gregorianos, como são conhecidos hoje. O final da Idade Média,  em termos musicais, é caraterizada pela derrubada da linearidade do Canto Gregoriano e da modesta polifonia cristã, frente  à evolução da música profana, vocal e instrumental.
A  música no estilo Barroco em fins do século XVI até meados do século XVIII, subverte o contexto geral, tendo como um dos componentes Johann Sebastian Bach(1685-1750); com seu virtuosismo Bach recorre a polifonia numa época harmonicamente solidificada pela ópera.A partir daí com instrumentos bem desenvolvidos, um método de escrita estável e um sistema harmônico universalizado, a música, passou a contar com gênios como: Ludwig Van Beethoven (1770-1827) e Wolfgang Amadeus Mozart(1756-1791).
Foi um período onde os compositores se preocupavam, acima de tudo, com uma perfeição puramente estética, ignorando, praticamente, quase todas as limitações da realidade histórica. Desnecessário é gastar muitas palavras a respeito do Classicismo, porque ele existiu para ser ouvido e não descrito. No entanto, Sociedades Secretas como a Maçonaria, ao encomendar a Ópera  "A Flauta Mágica" a Mozart, tiveram grande influência nesse despertar musical.
Com o século XX a ambiguidade marcou profundamente esse panorama musical, rompendo com a música européia que imperou até o século passado. No final do século XIX alguns compositores do velho Mundo já estavam quase "virando a mesa". Foi o caso de Claude Debussy(1862-1918), maçom e rosacruz, com o impressionismo e atonalismo. Arnold Schoenberg(1874-1951), um libertador da rigidez composicional  que sempre existiu na música erudita, e criou o termo atonismo supracitado.
Em fins do século passado e começo deste, na musica norte-americana brotava o Jazz e mais duas vertentes significativas: O Ragtime e o Blues. O Rock é tido como filho bastardo do Jazz, ou para outros a evolução natural do Blues. Em 1967 o Rock é intelectualizado  e absorvido pela sociedade, surgindo então a música eletrônica(Rock Progressivo).
No Brasil, da música dos índios a Vila-Lobos, da MPB - Música Popular Brasileira - à Tropicália, vários momentos históricos se fizeram influenciar e exaltar nosso povo.Com essa viagem panorâmica ao mundo da Música, podemos mostrar, de forma clara, que a música é Produto Social e Fator Social(endógeno e exógeno).Cabe-nos o papel de reverenciar essa "expressão da alma humana", buscando o entendimento com nossos irmãos, em toda a face da Terra.
Afinal, a música é a única linguagem universal que dispomos para nos entender!
                                            Colaboração de Jander Temístocles, F.R.C.
  
  

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